Manifestantes foram às ruas nos Estados Unidos em oposição às políticas retrógradas do governo de Donald Trump. O movimento, organizado pelas redes sociais e intitulado “50501” (“50 protestos em 50 estados americanos em 1 dia”), faz oposição à destruição de programas de seguridade social, deportações em massa de imigrantes, perseguição contra minorias e até mesmo à desatinada ameaça de extinção do Departamento da Educação.
Carregando cartazes com dizeres “Morte ao Fascismo!”, “Defenda a Democracia!”, “Ninguém é ilegal!”, os manifestantes marcharam pelas capitais de vários estados americanos nesta quarta-feira, 5.
“Eu vim aqui hoje porque é importante que as pessoas estejam aqui,” disse o estudante universitário, Andy Cole, na frente da Assembleia Legislativa de Vermont. “Como jovem, é importante para mim estar aqui. Como ser humano, é importante para mim estar aqui.”
“Estou chocada com as mudanças da democracia nas últimas, bem, especificamente duas semanas, mas começou há muito tempo,” disse Margaret Wilmeth, que estava protestando do lado de fora da Assembleia Legislativa de Columbus em Ohio. “Então, estou apenas tentando colocar uma presença na resistência.”
“Se não pararmos e conseguirmos que o Congresso faça algo, é um ataque à democracia,” disse Catie Miglietti, protestando em frente ao Capitólio estadual de Lansing, Michigan, junto com centenas de pessoas.
Houve manifestações em Los Angeles, Califórnia, em Austin, Texas, em Atlanta, Geórgia, na Filadélfia. Em Denver os protestos sofreram repressão da polícia de imigração e vários manifestantes foram presos para serem deportados.
Em Minnesota, na cidade de St Paul, milhares saíram às ruas, assim como em Des Moines, em frente do Capitólio do estado de Iowa. No Alabama, manifestantes repudiaram a recente repressão contra pessoas LGBT.
Eles também protestaram contra o desmantelamento de agências governamentais feitas por Elon Musk a mando de Trump e contra o “Projeto 2025”, uma lista de políticas arquirreacionárias defendidas pela ala mais à direita do Partido Republicano para consolidar a extrema direita no poder no país.
DESMONTE DO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
Políticas como deportações em massa, a abolição do Departamento de Educação e corte de direitos trabalhistas, são retrocessos açulados pelo “Projeto 2025”.
Apesar do encenado distanciamento de Trump durante a campanha, o presidente americano posicionou em cargos chaves vários defensores e autores do “Projeto 2025”. Nas primeiras semanas de seu governo, Trump assinou uma série de ordens executivas como a repressão em massa contra imigrantes e a tentativa de congelamento de dinheiro para programas sociais e de financiamento para programas de pesquisa científica.