Já antes das eleições, o funcionário de Bolsonaro se destacou por conspirar dia e noite, junto com o mito, contra a democracia e as instituições
Se há um militar que se desgarrou totalmente do espírito democrático, patriótico e profissional que caracteriza as Forças Armadas e se chafurdou no submundo criminoso do bolsonarismo, esse militar – se é que pode se dizer que ele honra a farda de Caxias – se chama Augusto Heleno. Ele disse a fanáticos que, infelizmente, “Lula não está doente”.
Já antes das eleições, o funcionário do Planalto se destacou por conspirar dia e noite, junto com o mito, contra a democracia. Aderiu integralmente a todas as tentativas golpistas de Bolsonaro. Agora, depois que elas falharam, o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) ataca covardemente o presidente eleito democraticamente com mais de 60 milhões de votos. Chamou Lula de cachaceiro e disse aos arrombados seguidores do governo que “infelizmente ele não está doente”.
A agressão gratuita de Augusto Heleno ao presidente Lula foi desferida no domingo (6), na saída do Palácio do Alvorada, a integrantes da milicia bolsonarista inconformada com o resultado das urnas. Eles tinham mencionado o boato que circulou entre os bolsonaristas de que o presidente eleito estaria doente. “Esse negócio do Lula estar doente, não está, infelizmente”, afirmou ele, dizendo que havia acabado de receber um “desmentido”.
E, demonstrando o seu inconformismo com o resultado da decisão democrática dos brasileiros, Heleno seguiu agredindo o presidente Lula. “Vamos torcer para que tenhamos um futuro melhor”, disse ele.
“Na mão do cachaceiro, não vai”, acrescentou o ex-general. Esse tipo de comportamento levanta dúvidas se o nível de degeneração atingida por ele já seria suficiente para confirmar como verdadeiro o áudio que circulou no dia da eleição, pregando, com a sua voz, a deflagração de um golpe de Estado.