“Nós vamos vencer esta eleição, derrotar o fascismo e vamos reconstruir o nosso país”, apontou o ex-presidente. “Violência é quase uma ordem de Bolsonaro”, acrescentou o ex-presidente
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (22), em entrevista em Belo Horizonte, antes de realizar a caminhada em Venda Nova e Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de BH, que o país vai voltar a criar empregos e os salários vão recuperar o poder de compra. Ele destacou que no dia 30 o Brasil vai decidir entre a barbárie e a democracia.
Lula também saiu em defesa da ex-ministra Marina Silva, vítima de ofensas por bolsonaristas na noite de sexta-feira (21), após participar de caminhada ao lado do ex-presidente em Juiz de Fora, Minas Gerais. “Faz parte da escola do fascismo”, apontou o ex-presidente. Ele afirmou que a escalada de casos de violência política no período eleitoral é “quase uma ordem” de Bolsonaro.
“O ataque ontem a Marina faz parte da escola do fascismo. A pessoa que xingou a companheira Marina não é uma pessoa séria. Mesmo com pensamento antagônico, uma pessoa séria jamais se levantaria para xingar alguém dessa forma. Minha solidariedade a Marina”, comentou Lula, durante a coletiva.
Após sair de um restaurante, a ex-ministra foi chamada de “vagabunda” e “traidora” por um homem. Ela tentou identificar o agressor, mas ele fugiu. Um boletim de ocorrência foi registrado.
“A gente faz política há 50 anos, isso não existia no Brasil nem em cidade pequena, média, grande. Hoje o que nós vemos é violência e mais violência verbal, e, às vezes, violência física. Isso é porque nós temos um governo fascista no Brasil”, disse o ex-presidente.
Lula garantiu que vai retomar os investimentos públicos. “Nós entregamos mais de 13 mil obras do PAC. Outras 13 mil foram iniciadas, mas depois e foram interrompidas. Nós vamos retomar essas obras. Vamos voltar a construir casas populares para o povo de Minas e do Brasil”, disse Lula. Ele denunciou que “este governo deixou de fazer obras para o povo”. “O mundo do Bolsonaro é ele, seus filhos e suas mentiras”, denunciou.
O ex-presidente prometeu que não vai discriminar nenhum prefeito ou governador. “Nós nunca fizemos isso”, enfatizou. “As obras não são do governador ou do prefeito, as obras são o povo brasileiro”, disse ele. O ex-presidente afirmou também que a situação vai melhorar porque “nós vamos negociar as dívidas de mais de 80% da população brasileira”.
“As pessoas vão poder melhorar de vida também porque nós não vamos cobrar imposto de renda de quem ganha menos de 5 mil reais”, prosseguiu Lula.
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, apoiador de Lula, afirmou que as pessoas hoje têm casa, milhares de casas, na cidade, por causa do programa “Minha Casa Minha Vida” do governo Lula. “Esse governo que aí está não fez nada por Belo Horizonte”, afirmou o prefeito, na entrevista coletiva antes da caminhada na região de Venda Nova e Ribierão das Neves.
“Se este governo não quer investir em Minas Gerais e em Belo Horizonte, pelo menos ele deveria autorizar que o município pedisse financiamento no Banco Mundial. Este governo segurou um projeto de Belo Horizonte, para fazer a urbanização no Cabana do Pai Tomás, e para fazer o corredor da Amazonas, sem enviá-lo para o Senado, por dois anos”, denunciou o prefeito de BH. “Nós precisamos de um presidente que respeite o povo e respeite as cidades”, completou Fuad Noman.
A senadora Simone Tebet (MDB), afirmou que “são as mulheres que vão decidir essa eleição”. “E nós vamos decidir essa eleição porque o Brasil está com Lula”, acrescentou a senadora. Ela destacou esta vitória será que contra “um presidente misógino que estimula a violência contra as mulheres porque é um covarde”. Ele estimula que políticos brasileiros agridam as mulheres.
“A Marina sofreu uma violência política das mais baixas. Esses bolsonaristas não passarão. Nós, mulheres brasileiras elegeremos Lula e vamos unir esse Brasil com amor e com coragem”, completou a senadora”, denunciou a senadora. Simone falo também dos ataques sofridos pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal por parte do capanga de Bolsonaro, o ex-deputado e presidiário Roberto Jefferson.
Incompreensível. Foi assim que Marina definiu os ataques machistas. Ela citou ainda o caso da ministra Cármen Lúcia, que na mesma noite foi comparada com uma prostitua por Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro. “Dá até medo de imaginar o que essas pessoas são capazes de fazer e dizer com as mulheres de um modo geral. Aquilo [caso Jefferson] foi uma senha autorizando a intimidação e a violência política contra as mulheres e contra aqueles que pensam diferente da visão bolsonarista”, comentou.
A ex-ministra também agradeceu todos que se solidarizaram com ela e afirmou que os agressores responderão na justiça. Segundo Marina, o bolsonarismo desenterrou “a monstruosidade do machismo” para dividir os brasileiros. E que Lula, por outro lado, é a sustentação de um projeto que vai mudar a realidade do Brasil, que foi “ultrajada por Bolsonaro”.
“Quando se trata de uma mulher é sempre nessa questão de natureza moral, sexual. Parece que o bolsonarismo não sabe lidar com as mulheres, não tem preparo para enfrentar aquelas que são a maioria da população brasileira. Então, em legítima defesa das mulheres, nós entendemos que Lula deve ser presidente”, afirmou Marina Silva. Várias lideranças políticas mineiras também discursaram no evento de apoio a Lula.