O PT mineiro está vivendo um grande dilema. Tem que decidir entre manter sua aliança com o PMDB de Temer, que engavetou até agora o impeachment contra o governador, ou abrir espaço para a pretensão de Dilma Rousseff de disputar uma vaga no senado.
Aos primeiros sinais de que Dilma insistiria na disputa, a Assembléia Legislativa mineira abriu o processo de impeachment contra Pimentel e iniciou a tramitação para afastá-lo do governo. O gesto dos peemedebistas mostrou o quão sólida é a aliança entre o PT e o PMDB em Minas Gerais. Uma união calcada nos mesmos princípios éticos, programáticos e morais que nortearam a coligação Dilma/Temer.
Ou seja, na campanha, o PT discursa pela esquerda, e, quando se elege, governa para direita, compra votos, vira privatista, defende os poderosos, os exploradores de nióbio, etc. Assim foi no Planalto com Temer, Eduardo Cunha, Geddel, etc. E assim está sendo com Pimentel, que começa a trilhar o mesmo destino de Dilma.
Alguns otimistas resolveram propor uma solução para o impasse. Tentaram convencer Dilma a se candidatar a deputada federal em coligação com o PMDB. Dilma e seus seguidores pularam indignados. Onde já se viu, Dilma se coligar com “golpistas” e ajudar a elegê-los! Ou seja, Pimentel no governo pode se aliar a “golpistas”, pode privatizar águas, etc, mas, Dilma fazer campanha com eles é demais. É claro. Sua tradicional demagogia eleitoral estaria inviabilizada. Impasse difícil de resolver.
S.C.