A confirmação da pré-candidatura de Dilma Rousseff ao Senado por Minas Gerais dificultou a reedição da aliança do PT com o PMDB no estado. O peemedebista Adalclever Lopes, presidente da Assembleia Legislativa mineira, trabalhava para ser candidato ao Senado na chapa do governador Fernando Pimentel.
“A candidatura da Dilma vem sepultar qualquer possibilidade de o MDB compor com o PT”, disse o vice-governador Antônio Andrade (PMDB), que é rompido com Pimentel. “A Dilma fez o lançamento da pré-candidatura e veio dizer que a pauta do PT este ano é o combate aos golpistas. A gente quer entender o que é isso”, acrescentou o deputado Newton Cardoso Jr.
A candidatura de Dilma ao Senado teria sido uma imposição de Lula aos petistas mineiros. A intenção do ex-presidente, segundo petistas, ao bater o martelo sobre a transferência do domicílio eleitoral dela do Rio Grande do Sul para Minas, foi fazer um “terceiro turno” contra o senador Aécio Neves (PSDB/MG), com quem ela disputou a eleição de 2014.
Independentemente de Dilma, a aliança com o PMDB já era difícil, porque Andrade tem a maioria do diretório e é contra o acordo. Mas o lançamento da pré-candidatura da ex-presidente acirrou os ânimos com os antigos aliados.