Depois de 27 anos da descoberta da vala de Perus, no cemitério Dom Bosco, na Zona Norte de São Paulo, as ossadas do paulista Dimas Antônio Casemiro foram identificadas por um laboratório na Bósnia. Esta é a quarta identificação desde o descobrimento dos milhares de restos mortais, mas a primeira da pesquisa realizada pela equipe de antropologia forense da Unifesp, o Grupo de Trabalho Perus, que foi contratado em 2014 e busca identificar 41 desaparecidos políticos.
Dimas foi dirigente do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), e foi preso em 17 de abril de 1971 por agentes da repressão em São Paulo. Na versão apresentada à época, ele teria morrido ao trocar tiros com a polícia durante sua prisão na rua Elísio da Silveira, no bairro Saúde, em São Paulo.
No entanto, as investigações da Comissão Nacional da Verdade e da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (Cemdp), mostram que ele foi morto entre os dias 17 e 19 de abril de 1971, atingido por arma de fogo em tiroteio simulado. A Comissão concluiu ainda que Dimas foi torturado nesse período, desmentindo a versão oficial de “morte em tiroteio”. Dimas tinha 25 anos e era casado com Maria Helena Zanini, com quem teve o filho Fabiano César.
O Instituto de Pesquisa de DNA Forense da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que chegaram ao resultado através de “uma identificação extremamente complexa pelas características do material ósseo e dentário e o contexto histórico em que os remanescentes ósseos se encontravam, após 47 anos de espera pelos familiares”.
O Grupo de Trabalhos de Perus teve início após uma cooperação firmada entre as secretarias de Direitos Humanos dos governos federal e municipal, junto com a Cemdp, e a Unifesp. O grupo analisa 1.047 caixas com ossadas retiradas da vala de Perus. Em setembro de 2017, as ossadas foram enviadas para o International Commission on Missing Persons (ICMP), na Bósnia, o laboratório foi escolhido por ter experiência com a análise de mais de 20 mil casos de identificação humana.
Mas sempre existe um médico atestando
A matéria diz: tiroteio simulado. é preciso prestar muita atenção no transito (veículos) de São Paulo. Preste muita atenção, Black bloc