
“Não podemos aceitar a ideia de que o PIB não vai crescer porque alguém disse que o PIB não vai crescer. O PIB vai crescer porque nós vamos fazer o PIB crescer”, afirmou o presidente
O presidente Lula abriu a reunião de um grupo de ministros de seu governo nesta sexta-feira (10) mostrando que está disposto a enfrentar todos os desafios para fazer o Brasil crescer. “Não podemos aceitar a ideia de que o PIB não vai crescer porque alguém disse que o PIB não vai crescer. O PIB vai crescer porque nós vamos fazer o PIB crescer”, disse Lula. “E o país vai crescer porque nós vamos gerar empregos”, enfatizou.
A fala do Chefe do Executivo é uma resposta aos porta-vozes do rentismo que pressionam o tempo todo para que o Brasil se mantenha estagnado, enquanto eles vivem de rendas vindas dos juros altos.
“Dinheiro bom é dinheiro transformado em obras”, enfatizou o presidente. “É dinheiro transformado em melhoria da qualidade de vida do povo, em Saúde e em Educação. E tudo criando emprego, que é o que dá dignidade ao povo brasileiro”, acrescentou Lula.
“Vamos criar emprego, que é o que dá dignidade ao povo brasileiro”, afirmou o presidente, ao lançar o programa Mãos à Obra
Lula criticou que no passado não havia planejamento no país. Ele disse que quando chegou ao governo, pela primeira vez, constatou que não havia uma “prateleira de projetos”, como todo país deve ter. Então, ele questionou aos ministros, “para quê existir Ministério do Planejamento, se não for para planejar esses projetos?”
O presidente foi incisivo na condenação do parasitismo que vem tomando conta da economia brasileira e que, ao mesmo tempo que enriquece alguns, está empobrecendo a maior parte da população brasileira.
“Não pode ser proibido emprestar dinheiro para você construir um ativo que vai aumentar o patrimônio desse país, que vai melhorar a qualidade de vida do povo. Não dá para ficarmos achando que o gostoso nesse país é ficar guardando dinheiro”, sentenciou o mandatário.
“Não dá para ficarmos achando que o gostoso nesse país é ficar guardando dinheiro”
Lula batizou o novo programa de investimentos em infraestrutura, que substituirá o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) de seu governo anterior, de “Mãos à Obra“. Ele pretende retomar milhares de obras que ficaram paradas nos últimos anos, fruto dos juros altos e de ajustes fiscais de cunho neoliberais.
“O Brasil tem 14 mil obras paradas que precisamos retomar, para gerar empregos e desenvolvimento. Hoje lançaremos o Mãos à Obra, programa para identificarmos, em diálogo com prefeituras, as obras prioritárias em cada cidade e região. Estamos reconstruindo o Brasil”, afirmou o mandatário.
“O Brasil tem 14 mil obras paradas que precisamos retomar, para gerar empregos e desenvolvimento”
Sinalizando que os investimento públicos vão puxar o conjunto dos investimentos, Lula cobrou um papel mais atuante do bancos públicos no projeto. “Eu quero saber o papel dos bancos públicos para alavancar os investimentos nesse país”, disse ele. “São investimentos para pequenos e médios empreendedores, para cooperativas, para grandes empresários, para os Estados que estão com capacidades para endividamento, para as prefeituras que têm capacidade de endividamento”, apontou. “Por que não emprestar dinheiro para essa gente?”, indagou Lula.
Em tom descontraído e destacando a “criatividade do ministro”, Lula afirmou que “se não tivermos dinheiro, o Haddad vai ter que arrumar”. “Vamos ter o dinheiro que nós precisamos para fazer investimentos nesse país”, salientou o presidente. “Vamos discutir as coisas que já estão definidas e as dificuldades. Não tenham medo de falar de dinheiro, porque o homem e está aqui. Esse é o lado bom do ministro da Fazenda, que é o sangue árabe dele”, brincou. “Vamos produzir o que a sociedade brasileira espera de nós”, acrescentou.
“Se não tivermos dinheiro, o Haddad vai ter que arrumar”
Lula disse que encara essa reunião como o início efetivo do trabalho. “Fizemos uma coisa inédita, que foi aprovar uma PEC antes mesmo de assumirmos o governo, montamos o governo e agora é trabalhar”, apontou. “Quero dizer que eu estou muito orgulhoso desses primeiros 60 e poucos dias de governo. Estou orgulhoso com o que vocês já conseguiram produzir. Eu tenho certeza que vocês vão me surpreender nesta reunião, com o que vocês já têm de propostas para realizar”, completou o presidente.