O ministro da Justiça, Flávio Dino, respondeu aos ataques do ex-presidente Jair Bolsonaro contra si e o governo Lula
Dino se pronunciou depois de Jair Bolsonaro voltar a propagar a mentira de que ele teria se reunido “com a nata do PCC no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro”.
Flávio Dino repudiou “veementemente essa prática continuada” de Bolsonaro de “propalar mentiras para tentar galvanizar apoios de segmentos da sociedade brasileira”.
Soube que o ex-presidente da República afirmou que pessoas do governo Lula fizeram reuniões com organizações criminosas. Estava dando uma entrevista sobre Segurança Pública e aproveitei para responder ao mencionado senhor >>> pic.twitter.com/PzejN8jxie
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) June 22, 2023
Segundo Dino, Bolsonaro e seus aliados são aliados do crime organizado no Brasil por terem permitido o acesso a armas e ao garimpo ilegal.
Bolsonaro está retomando a narrativa que já foi desmentida de diversas formas. Os parlamentares bolsonaristas convidaram o ministro para falar sobre o caso no Congresso Nacional, mas depois das fortes respostas de Flávio Dino, que viralizaram nas redes sociais, desistiram de continuar a narrativa.
O ministro ressaltou que ninguém “do governo liderado pelo presidente Lula tem participação, engajamento, aliança ou simpatia com o PCC ou qualquer outra organização criminosa”.
Por outro lado, “os aliados das quadrilhas no Brasil” são “aqueles que permitiram o garimpo ilegal, que permitiram os crimes ambientais na Amazônia brasileira e que permitiram a propagação irresponsável de armas”.
O filho de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, foi um dos primeiros a divulgar a mentira de que Flávio Dino teria se reunido com os chefes do tráfico no Complexo da Maré.
Dino apresentou uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) denunciando os crimes de calúnia, difamação, racismo e associação criminosa cometidos por Eduardo Bolsonaro.
Em audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Flávio Dino afirmou que as mentiras dos bolsonaristas eram uma a “tentativa vil de criminalizar” a população mais pobre do país.
“Uma reunião pública realizada a 15 metros da Avenida Brasil e previamente comunicada às Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, à Polícia Federal… Era uma reunião com o Comando Vermelho? É esdrúxulo imaginar que eu fui me reunir com o Comando Vermelho e avisei à Polícia”, comentou o ministro.