Dino rechaça ameaças da Receita por compra emergencial de respiradores

Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) Foto: reprodução)

O governo Bolsonaro, além de não fazer o que deve para enfrentar a pandemia do coronavírus, está querendo atrapalhar o esforço de quem está lutando com todas as forças para que não faltem leitos de UTI e respiradores para o atendimento da população atingida pela doença.

Foi anunciado pela Receita Federal um processo contra o governo do estado do Maranhão por este ter conseguido comprar 107 respiradores na China, via Etiópia. O governo do Maranhão teve que fazer um grande esforço para fugir da pirataria que vem sendo praticada pelo governo norte-americano com equipamentos que passam por aquele país.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), reagiu à ação que será representada contra o estado. “Vamos continuar a fazer o que for necessário para cuidar a vida dos maranhenses. Lamento que a lógica bolsonarista, de criar confusão a todo momento, mais uma vez se manifeste”, disse Dino. A Receita Federal é subordinada ao Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.

“O Maranhão não praticou nenhuma ilegalidade na compra de respiradores. Mercadorias são legais, existem, estão salvando vidas. A Receita pode abrir o procedimento que quiser e atenderemos às suas exigências. Só não aceitamos ameaças nem perseguições sem sentido”, publicou o governador .

A Receita afirmou em nota que a operação foi “realizada sem o prévio licenciamento da Anvisa e sem autorização da Inspetoria Receita Federal em São Luís, órgão legalmente responsável por fiscalizar a importação das mercadorias”.

A Receita Federal disse ainda que vai “adotar providências legais cabíveis contra as pessoas físicas e jurídicas envolvidas, promovendo os competentes procedimentos fiscais, além de representação aos órgãos de persecução penal”.

A Infraero registrou boletim de ocorrência na quarta-feira (15). Os equipamentos não serão retirados do governo do Maranhão para que as pessoas que os estão utilizando não sejam prejudicadas.

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