Os petroleiros repudiaram a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apresentada pela diretoria executiva da Petrobrás na última quinta-feira, 14, no Rio de Janeiro, a sindicatos que representam trabalhadores da Petrobrás e subsidiarias. A proposta prevê reajuste salarial de 1,73%, corte na remuneração de hora extra, e fim do auxílio almoço.
Para o Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, “é uma proposta que ataca bastante os nossos direitos e vem acompanhada do equacionamento da Petros. É uma pancada nos petroleiros! Por isso, é preciso construir uma greve da categoria, desde já”, defendeu Eduardo Henrique diretor do Sindipetro-RJ. A categoria denuncia que o acordo coletivo vigente, que encerraria dia 1º de setembro, foi prorrogado até 10 de novembro, às vésperas da data em que entrará em vigor a nova legislação trabalhista.
O secretário-geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Adaedson Costa, afirmou que “o desafio da categoria petroleira é sair dessa campanha reivindicatória com um ACT digno, impedindo que a reforma trabalhista seja inserida em nosso acordo”. Já a Federação Única dos Petroleiros (FUP) destacou em nota que, “os petroleiros são a primeira categoria a enfrentar uma negociação sob a égide da contrarreforma trabalhista, que sequestrou direitos básicos do povo, invertendo a lógica da legislação” disse a FUP.
No ACT ainda, a direção da empresa propôs a possibilidade dos funcionários que atuam no regime administrativo flexível ou fixo optarem pela redução de cinco para quatro dias trabalhados por semana, com diminuição proporcional de remuneração – redução de 50% para as horas extras e dobradinhas – a redução do pagamento das horas da troca de turno – a redução da gratificação de férias – entre outras medidas.