Se 35% dos eleitores preferissem ter na Presidência da República um comprovadamente voraz predador do dinheiro público, e o restante do eleitorado assistisse apático a essa situação, o Brasil estaria perdido. Acontece que a rejeição a Lula é bem maior e impede que ele vença, caso consiga concorrer sub judice, qualquer eleição majoritária.
O setor da direita que prefere usar o cérebro ao invés dos músculos sabe que Lula e o PT são inofensivos. Sabe que foram vergonhosamente cooptados e corrompidos, aderindo paulatinamente ao projeto neoliberal e seus métodos criminosos com o intuito de fazerem – “porque ninguém é de ferro” – o seu pezinho de meia.
A direita sabe muito bem que Lula e o PT não têm mais nada de esquerda. Daí o seu interesse em escalá-los para representar exatamente aquilo que não são.
Uma pesquisa do instituto Ibope sobre a eleição presidencial de 2018 diz que Lula e o deputado federal Jair Bolsonaro iriam para o segundo turno se as eleições presidenciais fossem hoje. Segundo o instituto, Lula teria 35%, Bolsonaro, 13%, e Marina, 8% das intenções de voto.
Porém, estranhamente o Ibope não indagou os entrevistados sobre a rejeição aos candidatos apresentados – como é comum nesse tipo de sondagem eleitoral. A última pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha, por exemplo, revela que Lula é o líder de rejeição entre os entrevistados. No levantamento divulgado dia 30 de setembro pelo jornal “Folha de S. Paulo”, o petista aparece com 42% de rejeição contra 33% de Bolsonaro e 26% de Marina.
Por isso, na pesquisa espontânea, que não apresenta nomes ao entrevistado, Lula caiu para 26 por cento das intenções de voto, ainda assim um número alto, seguido por Bolsonaro com 9 por cento e Marina Silva com 2 por cento.
O levantamento divulgado na segunda-feira (30) foi realizado nos dias 18 e 22 de outubro, em 143 municípios.