Direitos Já!: Alckmin, Simone, Ciro, Marina e ex-ministros se unem por Lula contra a barbárie

Ato reuniu políticos e lideranças sociais. Foto: HP

O movimento Direitos Já! realizou, nesta quinta-feira (6), um ato reunindo lideranças de todos os campos políticos democráticos contra o governo de Jair Bolsonaro e a favor da eleição de Lula no segundo turno.

O ato foi realizado na Casa de Portugal, centro da capital paulista.

O evento contou com mensagens de Simone Tebet (MDB) e representantes de Ciro Gomes (PDT), ex-candidatos à Presidência, parlamentares e lideranças partidárias e de movimentos sociais.

Os ex-ministros da Justiça, José Gregori, e das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, assim como o ex-diretor do Banco Mundial, Rogério Studart, também participaram do ato, assim como a ex-ministra do Meio Ambiente e deputada federal eleita, Marina Silva (Rede-SP). Também participou o jurista Miguel Reale Jr, ex-ministro da Justiça.

No início do evento, lideranças de diversas religiões, como católicos, evangélicos, espíritas, umbandistas, entre outros, fizeram falas em defesa da democracia e da liberdade religiosa.

Fernando Guimarães, coordenador do Direitos Já!, com o ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT)

Fernando Guimarães, coordenador do Direitos Já!, disse que o ato foi organizado para responder aos “ataques coordenados e sistemáticos à democracia. São ações, falas e articulações por parte do atual ocupante do Palácio do Planalto que colocam em risco o Estado Democrático de Direito e as liberdades políticas e individuais em nosso país”.

“O Direitos Já! absorveu em suas fileiras todos e todas, independente de sua escolha presidencial, que estavam dispostos a derrotar o atual governo”, continuou.

“É chegado o momento para que todos que compõem esse campo democrático deixem de lado as eventuais divergências e diferenças para que possam, sem exceção, aderir de forma pública, clara e irrestrita à candidatura de Lula presidente”, argumentou.

“É Lula a única alternativa democrática neste momento em que Bolsonaro resiste em seu projeto autoritário. Essa frente ampla de democratas convoca o povo brasileiro para que empunhe a bandeira da liberdade, ocupe todos os espaços de convívio, de ruas ao ambiente de trabalho, para que a democracia brasileira tenha uma consagradora vitória no segundo turno”, completou Guimarães.

O sociólogo também fez um chamado para “todos que apoiaram Ciro Gomes, Simone Tebet ou outros candidatos e até mesmo aqueles que anularam ou deixaram em branco seus votos no primeiro turno para que se unam nessa reta final de reconquista da nossa democracia”, pontuou.

GERALDO ALCKMIN

Geraldo Alckmin (PSB)

O ex-governador de São Paulo e candidato a vice-presidente na chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que “nós precisamos salvar a democracia. Não é possível ter um presidente que tem saudade da ditadura e da tortura”.

Para ele, Bolsonaro “fez um retrocesso na economia, são 33 milhões de pessoas passando privação alimentar. Esparramou para todo lado armas, e a gente vê por aí insegurança, morte e violência”.

Alckmin agradeceu o apoio de Simone Tebet e do PDT de Ciro Gomes durante o segundo turno.

SIMONE TEBET

Simone Tebet (MDB)

A senadora Simone Tebet, candidata do MDB com apoio do PSDB, Cidadania e Podemos, que terminou a disputa presidencial em terceiro lugar com 4,16% dos votos totais, se posicionou a favor da eleição de Lula contra Jair Bolsonaro.

Ela se colocou “a favor da democracia, da Constituição e do único candidato que tem compromisso com um Brasil de todos, generoso, que tenha como foco acabar com a miséria, voltar a crescer”.

Nesse segundo turno, “não cabe neutralidade, não podemos votar nulo ou em branco. A única opção a favor da democracia é o voto em Lula”.

ANTONIO NETO

Antonio Neto (PDT)

O presidente municipal do PDT de São Paulo, Antonio Neto, representou o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, no ato. Neto enfatizou que este é um segundo turno em que “não nos cabe a neutralidade ou a omissão”.

“Quando de um lado está um candidato que representa a barbárie, o ódio, a violência, o negacionismo, a negligência com a fome e o tensionamento com a vida, nós, os trabalhistas, estaremos do outro lado”.

“Nesse segundo turno, votaremos para derrotar o pior governo de todos os tempos, o governo da fome, dos ataques aos trabalhadores, do genocídio que matou quase 700 mil brasileiros”, apontou.

“Nesse momento, o atacado que nos une é muito maior do que o varejo que nos divide. Vamos juntos derrotar Bolsonaro”.

HADDAD

Fernando Haddad (PT)

Fernando Haddad, candidato a governador de São Paulo, criticou os cortes de Jair Bolsonaro na Educação, como o sequestro de R$ 328,5 milhões das universidades federais, e a volta da paralisia infantil, que são resultado do negacionismo de Bolsonaro.

“Democracia é você sonhar, e você não sonha se não tiver futuro. Bolsonaro quer matar, sufocar o futuro”.

“Nós defendemos a democracia porque queremos ser livres para pensar a sociedade e mudar a maneira como a gente vive, para dar dignidade para mais pessoas. Tudo o que dialoga com a liberdade é inimigo do Bolsonaro”, continuou.

MARINA SILVA

A ex-ministra Marina Silva (Rede), eleita deputada federal por São Paulo, agradeceu a acolhida que recebeu do povo paulista.

Marina Silva (Rede)

Ela disse que a “acolhida foi para uma causa”. “A causa do desenvolvimento sustentável”.

“A causa do combate às desigualdades sociais. A causa do direito a termos uma democracia para juntos podermos decidir o que nós queremos”, disse.

A ex-ministra disse que a defesa da democracia tem a ver com conquistas concretas da população. Ela citou o caso de uma estudante negra formada em medicina graças ao Prouni. A ex-ministra relatou que a estudante foi solicitada a tirar fotos com ela por adolescentes e que perguntou por que queriam tirar fotos com ela. Os adolescentes responderam que nunca tinha visto uma pessoa como eles, da cor deles, médica.

Marina disse que isso “é democracia” e concluiu sua fala num brado: “Lula presidente e Haddad governador em legítima defesa da democracia!”.

PEDRO BIANCO

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