
Eles “cometeram graves crimes”. “A minha posição, e é pública, é contrária ao processo de anistia”, afirmou Andrei Rodrigues
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que a tentativa de golpe de Estado por Jair Bolsonaro e seus cúmplices é “muito grave” e as penas “não podem simplesmente ser apagadas por capricho político”.
“A minha posição, e é pública, é contrária ao processo de anistia, e as pessoas têm que ser responsabilizadas pelos graves crimes que cometeram”, acrescentou.
A declaração foi dada durante um evento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), realizado em Madrid, na Espanha.
O chefe da Polícia Federal comentou que a investigação encontrou provas de que o plano de golpe incluía tentativas de assassinato.
O grupo liderado por Jair Bolsonaro produziu o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que incluía os assassinatos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de Lula e de Geraldo Alckmin.
Jair Bolsonaro e outros membros do “núcleo crucial”, além daqueles do “núcleo 2”, foram denunciados e se tornaram réus pelos ministros do STF. O ex-presidente está defendendo uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, buscando se favorecer e fugir das penas.
No mesmo evento, o ministro do Supremo, Gilmar Mendes, falou que é “fundamental” que o caso “fique entregue aos tribunais”, referindo-se à “eventual condenação ou absolvição dos responsáveis por esse episódio todo”.