Na última sexta-feira, o diretor de redação da Hora do Povo, Carlos Lopes, foi recepcionado, na sede de São Paulo do Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central (SINAL), com um almoço, do qual participou, também, Rosanita Campos, diretora da Fundação Instituto Claudio Campos, que publicou seu livro “Os Crimes do Cartel do Bilhão Contra o Brasil”.
Ocorrera um fato inédito desde os tempos da ditadura. A tarde de autógrafos de “Os Crimes do Cartel do Bilhão Contra o Brasil”, e a conferência de Carlos Lopes sobre seu livro, programados para o auditório do Banco Central em São Paulo, foi proibida pela diretoria do BC. O evento era uma promoção do Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central (SINAL).
O presidente do BC, Ilan Goldfajn, e toda a diretoria do banco, fora convidado para a palestra. No entanto, horas depois de enviados os convites – por meio eletrônico – o presidente do SINAL-SP, Iso Sendacz, foi comunicado que o evento nas dependências do BC estava proibido.
O único motivo apresentado para a proibição foi que Carlos Lopes trabalhava em um jornal que era “muito contra o governo”.
Este seria um motivo, evidentemente, para proibir a entrada de, pelo menos, 97% dos brasileiros no Banco Central – que, por falar nisso, pertence ao povo brasileiro, ainda que, há muito, diretorias do BC não reconheçam essa propriedade, comportando-se como se o BC fosse território dos bancos privados.
“O almoço e o diálogo com os membros da diretoria e do conselho do SINAL-SP foram altamente proveitosos. Sem dúvida que, no Banco Central, há funcionários preparados e com grande identificação com o país e seu povo. Isto é muito importante para as mudanças que o Brasil necessita – e para as quais nós caminhamos, inexoravelmente”, declarou Carlos Lopes.
O acolhimento dos funcionários ao livro – e ao seu autor – fez mesmo com que os exemplares se esgotassem, mas uma nova quantidade de livros foi providenciada para que os autógrafos continuassem.