O papa Francisco criticou na terça-feira, 12, “o flagelo da dívida externa” na América Latina.
“A situação da América Latina requer um compromisso mais firme, com o objetivo de melhorar as condições de vida de todos, sem excluir ninguém”, expressou Francisco em comunicado dirigido aos membros da Fundação Populorum Progressio, em ocasião de seu aniversário. “Apesar das potencialidades dos países latino-americanos, a crise econômica e social atual, piorada pelo flagelo da dívida externa que paralisa o desenvolvimento, tem afetado a população”, acrescentou.
Na mensagem, que foi lida pelo cardeal Peter Turkson diante de diplomatas e representantes da Santa Sé que comemoraram os 25 anos da fundação, o Papa afirma que essa situação provocou o “incremento da pobreza, do desemprego e da desigualdade social, ao mesmo tempo em que tem contribuído com a exploração e o abuso de nossa casa comum, a um nível que nunca antes teríamos imaginado”.
“Quando um sistema econômico põe no centro só o deus dinheiro, se desencadeiam políticas de exclusão e não há lugar para o homem nem para a mulher. O ser humano, então, cria essa cultura do descarte que traz sofrimento, privando a muitos do direito de viver e de ser felizes”, condenou Francisco.
A fundação “Populorum progressio” foi criada em 1992 pelo papa João Paulo II, que organizou um fundo para América Latina depois do encontro na Colômbia do Episcopado Latino-Americano (Celam).