A deputada e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, denunciou que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, atua “a serviço” de Jair Bolsonaro, que o colocou no cargo e sua política de juros estratosféricos “já custou muito ao país”.
Campos Neto foi indicado em março de 2019 e tem mandato até dezembro de 2024. Atualmente, o Brasil tem a segunda maior taxa de juros do mundo, atrás somente da Rússia.
“Foram 2 anos de sabotagem do bolsonarista Campos Neto, a serviço de quem o colocou lá (e agora terá de responder à Comissão de Ética da Presidência por seus negócios). Essa política errada já custou muito ao país”, escreveu a dirigente em seu Twitter.
Gleisi enfatizou que “foi o voto popular que conferiu ao presidente Lula a prerrogativa de indicar o próximo presidente do BC. Não há que se falar em arroubo político nessa decisão, muito menos fantasiar que a gestão do BC ‘independente’ foi ‘técnica’”.
A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que definiu a manutenção dos juros a 10,5% ao ano diz que o Banco Central “não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado”.
Somente entre janeiro e dezembro de 2023, o governo federal gastou R$ 718 bilhões com juros por conta da política sustentada pelo Banco Central.