O candidato do PSB ao governo de São Paulo, Márcio França, em sua conta no Twitter, rebateu a acusação da equipe de campanha de seu adversário, João Doria (PSDB), de que um vídeo, claramente forjado, em que o ex-prefeito de São Paulo participaria de uma orgia com cinco mulheres, teria partido de sua campanha.
“É lamentável que Dória nos faça essa acusação, que chega a ser quase tão grave quanto a violência de que ele é vítima. Repudiamos tanto a declaração do candidato, quanto a divulgação desse tipo vídeo. São Paulo não merece esse constrangimento. Doria não deve medir os outros pela sua régua”, escreveu Márcio França.
O vídeo, como observaram diversos especialistas, é tosco – como disse um deles, “um trabalho preguiçoso”, mostrando onde foram inseridas imagens do rosto de Doria, que não pertenciam ao vídeo original. Portanto, uma falsificação detectável com facilidade.
Apesar da falsidade do vídeo ser constatada apenas algumas horas depois de sua divulgação na Internet, na terça-feira, a equipe de Doria, entrevistada por Lauro Jardim, de “O Globo”, fez acusações à campanha do adversário. O próprio Doria – bem ao seu jeito – fez insinuações, ao dizer que “lamento muito que a campanha em São Paulo tenha chegado a esse nível”.
No entanto, no debate com Márcio França, promovido pelo SBT/Folha de S. Paulo/UOL, o próprio Doria, ao se referir ao vídeo – respondendo a pergunta de uma jornalista da “Folha de S. Paulo” -, depois de classificá-lo de “fake news”, fez questão de dizer, com ênfase, que “não estou fazendo acusações ao meu adversário”.
Em nota à imprensa, a assessoria de Márcio França afirmou que “Márcio França repudia esse tipo de campanha, as fake news, as montagens e as falsificações e, acima de tudo, qualquer tipo de ataque pessoal a quem quer que seja”.