Depois da carta de Jair Bolsonaro dizendo “nunca tive intenção de agredir quaisquer dos Poderes” e que as palavras ditas no 7 de setembro contra o ministro Alexandre de Moraes “decorreram do calor do momento”, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que “o leão virou um rato”. “Grande dia!”.
Veja outras repercussões da carta de Bolsonaro:
João Amoêdo, ex-candidato à Presidência pelo Novo:
“Não nos enganemos: Bolsonaro – expulso do Exército, que idolatra Ustra e vive de polêmicas – é o do discurso contra o Estado de Direito do 7 de setembro. E não o da nota de pacificação.
Trata-se apenas de um pequeno recuo para continuar avançando contra a democracia”.
Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara dos Deputados:
“Que não sejam só palavras jogadas ao vento, como foram as últimas vezes e que não sirva para apagar todos os crimes cometidos até aqui”.
Senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Pandemia:
“O dia 09 de setembro é histórico. Dia que Bolsonaro fez autocrítica sobre a China. E dia que ele recuou na tensão com outros poderes. Se for ato genuíno é louvável. Se for jogada para liberação do recurso de precatórios para programas eleitoreiros em 22, é lastimável. Estaremos alerta!”.
Senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE):
“Li a cartinha do Temer que o Bolsonaro assinou. Será que agora o Temer passa a governar também? Será que vai redigir cartinha explicando mansões e rachadinhas? Vai vendo Brasil! Quem votou para “mudar tudo isso aí” faz o que? Espera cartinha para baixar o preço da gasolina?”.
Rodrigo Maia (sem partido-RJ), ex-presidente da Câmara dos Deputados:
“O evento de terça foi um desastre para o Bolsonaro, e a nota agora uma humilhação”.
Senador Fabiano Contarato (Rede-ES):
“Bolsonaro é o barril de pólvora que está implodindo o país. Fabricador de crises, viúvo de ditadura, péssimo governante, tiranete desequilibrado. Sua nota de hoje é mais uma vergonha para a República. Impeachment para este terrorista! Bolsonaro é um típico covarde manipulador! Faz da ameaça um método de governabilidade, para conseguir o que quer. E tem funcionado! Avança e recua, afrouxando todos os limites do Estado Democrático de Direito. É só aguardar o próximo ataque: ele virá!”.
Deputado Orlando Silva (PCdoB-SP):
“A marcha à ré é uma ducha de água fria nas hordas fascistas, ouriçadas pela escalada golpista e criminosa dos últimos meses.
Nesse sentido, não deixa de ser uma vitória da luta democrática e uma mostra cabal do isolamento do presidente, que ficou mais evidente no pós dia 7.
De nossa parte, não nos deixaremos enganar! Redobraremos a luta pela construção de uma frente ampla em defesa da democracia, buscando desde já o impeachment de Bolsonaro, cujos crimes comuns e de responsabilidade ofendem a Nação e o povo brasileiro”.
Helder Barbalho (MDB), governador do Pará:
“Muito bom ver que o bom senso e o equilíbrio venceram, que o radicalismo foi derrotado”.
Senador Humberto Costa (PT-PE):
“Quantas horas vai durar o espírito pacífico e respeitador das leis de Bolsonaro? Talvez até a próxima live. Quem acredita nas intenções democráticas de Bolsonaro? Para a situação do Brasil só há uma saída segura: o Impeachment do presidente”.