
O anormal revelou o mesmo desrespeito que teve com as famílias de milhares de mortos por Covid, provocadas por sua atuação criminosa na pandemia. Genivaldo tinha 38 anos, era casado, tinha um filho de 7 anos e era um simples motoboy. Foi assassinado por “asfixia mecânica” por não estar de capacete
“Não é a primeira vez que morre alguém com gás lacrimogêneo no Brasil”, disse Bolsonaro em entrevista em Foz do Iguaçu (PR) nesta sexta-feira (03). “A Justiça vai decidir. Acontece, lamentavelmente”, disse ele aos jornalistas. “Eles queriam matar? Eu acho que não. Lamento”, prosseguiu. Genivaldo havia sido parado numa barreira por estar sem capacete.
Bolsonaro repetiu o que já tinha feito antes. Tentou dar uma “justificativa” para o bárbaro assassinato que chocou o Brasil e o mundo. Ele desculpou os assassinos, afirmando que o caso da morte de dois policiais rodoviários federais, que aconteceu há cerca de duas semanas em Fortaleza, deve ter influenciado a ação dos policiais em Sergipe.
Genivaldo, de 38 anos, casado, tinha um filho de 7 anos e era um motoboy que trabalhava fazendo entregas no município de Umbaúba, em Sergipe. Ele foi assassinado numa “câmara de gás” improvisada dentro do porta-malas da viatura.
Os agentes que desonraram a farda da Polícia Rodoviária Federal prenderam Genivaldo no porta-malas da viatura e jogaram uma bomba de gás lacrimogênio, impedindo-o de respirar. O laudo do IML foi morte por asfixia mecânica.

A população de Umbaúba se revoltou contra o bárbaro assassinato de seu conterrâneo. “Mataram um cidadão de bem, o mundo todo está revoltado”, denunciou um manifestante durante ato pedindo justiça por Genivaldo Santos, assassinado por asfixia por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Sergipe.
“Vocês pegam um coitado de um cidadão de bem. Ontem foi ele, amanhã é meu filho”, continuou reagindo ao ato bárbaro dos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Prenda, se o cara está errado, leva a moto presa. Agora, não mata o cara”, continuou o manifestante indignado. Os moradores expulsaram uma viatura da polícia que estava no local.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, protestou contra o assassinato e exigiu providências das autoridades. Em reunião com o ministro Luiz Roberto Barroso, do STF, o deputado falou sobre o caso. “É preciso investigar esses casos”, afirmou.
“Espero que impacte positivamente em decisões, pois como o governo brasileiro é um governo que viola os direitos humanos, nos resta ter a Corte Suprema como espaço de defesa de direitos fundamentais, entre os quais os direitos humanos”, afirmou o parlamentar.
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