A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, defendeu que a área é fundamental para o desenvolvimento nacional e que a dependência é “nefasta”, como evidenciaram a pandemia de Covid-19 e as guerras.
“Nós bem sabemos o quanto nefasta é a dependência. Passamos isso no período recente de maneira muito aguda, que foi exatamente o período da Covid, na guerra na Ucrânia, na instabilidade climática por conta da situação de Taiwan”, disse.
“Para transformar o nosso país em uma potência econômica, ambiental e social, precisamos de ciência. Ela é instrumento decisivo para esse caminho”, ressaltou.
A ministra esteve na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara nesta quarta-feira (17) e explicou que o governo Lula “trata a ciência como pilar do desenvolvimento nacional e procura fazer com que ela se estruture enquanto uma política de Estado”.
Luciana Santos, que também é presidente nacional do PCdoB, defendeu que “nós precisamos de soberania e autonomia nacional” e a ciência é importante para isso.
“Tudo isso faz até que de certa maneira se coloque em xeque essa globalização no modelo que leva a dependência”, continuou.
“Nós queremos – e o mundo caminha para isso – uma maior regionalização e até nacionalização de algumas cadeias produtivas. É isso que preside a nossa política pública”, informou Luciana.
Nas ações tomadas desde o começo da gestão, Luciana destacou a correção das bolsas de estudo CPNq e Capes, que atingem 258 mil estudantes e pesquisadores que estavam há 10 anos sem reajuste.
O Ministério também reverteu a dissolução da CEITEC, fábrica estatal de chips que estava sendo destruída pelo governo Bolsonaro.
A ministra apontou a importância da recomposição integral dos recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), movimento do qual participou o Congresso Nacional.
Luciana Santos ainda sublinhou a importância do investimento de R$ 1 bilhão no laboratório de biossegurança máxima NB4 – Órion, que terá associação com o acelerador de partículas Sirius, tendo análise de matéria em escala nanométrica.
Este será o “equipamento mais sofisticado do mundo”, segundo Luciana, e permitirá a manipulação de vírus para a proteção da população.
O próprio Sirius receberá mais três estações de luz, em um investimento de R$ 800 milhões.