O presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Décio Lima, afirmou neste domingo (21), que a instituição irá oferecer uma alternativa de crédito barato aos pequenos negócios, em contramão ao ambiente “perverso” de juros altos proposto pelo Banco Central (BC), ao manter a taxa de juros básica da economia (Selic) em 13,15% ao ano.
“Hoje [o pequeno empreendedor] enfrenta um obstáculo com o BC mantendo os juros mais altos do mundo. Isso contraria qualquer política sensata de crescimento. É perverso especialmente para os pequenos empreendedores. Tomar crédito nesse ambiente é submetê-los à falência”, criticou Lima, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. Na avaliação do presidente do Sebrae, o Banco Central insiste em manter os juros nas alturas por questão política.
“Não tenho dúvida. Além disso, o BC fere os princípios de nossa soberania. É uma agressão de mercado injustificável”, criticou. “Não posso personalizar. Nem o conheço [Campos Neto]”, ao ser indagado se ele defende a troca do presidente do BC. No entanto, ressaltou que “juros dessa natureza inviabilizam o nosso país e deixam, por um bom período, as pessoas com fome e na miséria”, alertou Décio Lima.
De acordo com o Sebrae, os pequenos negócios representam 85% dos empregos, 99% das empresas, e 30% do PIB – Produto Interno Bruto, que é a soma do conjunto de todas as riquezas produzidas no país.
Décio Lima explica que o Sebrae atuará contra a retração do crédito por meio de fundos garantidores. “Com a Finep [Financiadora de Estudos e Projetos] está pronto. Colocaremos R$ 80 milhões e ela, R$ 50 milhões. Com esse recurso, a gente oferece R$ 1 bilhão em microcrédito com taxas pequeníssimas, 2,5% ao ano. Com o BNDES, a agenda é maior”, disse o presidente do Sebrae.
“Temos um banco de crédito, ainda sem aval do BC para funcionar, com R$ 600 milhões no caixa. Usaremos esse dinheiro e, junto com cerca de R$ 1 bilhão vindo do BNDES, criaremos outro fundo para emprestar mais de R$ 10 bilhões. Nessa modalidade, cada real próprio lastreia até R$ 12 em crédito. Estamos buscando saída no Sebrae, enquanto o BC não atende aos interesses do Brasil”, criticou Décio Lima, acrescentando que o Sebrae não abrirá mais um banco, porque “é inviável com essa Selic”, afirmou Décio Lima.
Realmente se a inflação esta caindo, a Selic tem que acompanhar. Más , Campos Neto esta lá para só proteger os interesses dis banqueiros. É simples resolver isso é só o senado tira-lo. Se tira presidente da republica, pq não um do bc?