A ex-ministra do Meio Ambiente e candidata a presidente em 2018, Marina Silva (Rede), criticou as agressões de Bolsonaro contra Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e contra o pai, Fernando Santa Cruz, que foi preso em 23 de fevereiro de 1974 e desapareceu nas masmorras da ditadura.
A ex-ministra afirmou, através de suas redes sociais, que “falta ao presidente sentido de dignidade e compostura em relação ao cargo que ocupa. Brinca com uma situação dolorosa na vida de um filho que perdeu o pai durante a ditadura. É ultrajante! Depois de atacar a imprensa livre, atenta contra a advocacia, outro pilar da democracia”.
Na segunda-feira (29), ao atacar a suposta atuação da OAB no caso de Adélio Bispo, que lhe deu uma facada durante a campanha eleitoral, Bolsonaro disse: “Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB? Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Conto pra ele”.
Num total desrespeito à memória de Fernando e à família que até hoje busca respostas para o desaparecimento dele.
Isso é uma falsificação de Bolsonaro. A OAB não impediu nada durante o processo de Adélio. Ele confunde intencionalmente o processo de Adélio com outro, em que atuou o mesmo advogado, Zanone Manuel de Oliveira. Ele já tinha feito essa manipulação, no início de julho, no Facebook.
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