Na coluna Sustentáculos, da Rádio USP, o professor José Eli da Veiga, do Instituto de Energia e Ambiente da USP, opina semanalmente sobre temas ligados à sustentabilidade nacional e mundial.
Mas o comentário da quinta-feira (19) ele diz que é “excepcional” por tratar da sanidade de Bolsonaro, uma questão de cunho “doméstico”, como ele define.
“Sei que o tema não está no escopo desta coluna, até porque a Rádio USP dispõe de outros colegas colunistas da área de Ciência Política que sempre nos trazem análises competentes”, avaliou, antes de expor seu pensamento sobre o “Mito”.
“É uma questão de emergência nacional aferir a sanidade mental do presidente da República”, diz em seu comentário o professor, em conversa com o apresentador da coluna, o jornalista Antonio Carlos Quinto.
O cientista já publicou 25 livros, entre os quais A Desgovernança Mundial da Sustentabilidade (2013) e Para Entender o Desenvolvimento Sustentável (2015). É colaborador das colunas Opinião, do jornal Valor Econômico, e Análise, da revista Página 22.
Leia a íntegra da opinião do professor José Eli da Veiga
“É uma questão que, realmente, a conjuntura nacional obriga [a opinar].
Quero, basicamente, passar o recado de me juntar a várias outras vozes que consideram que os acontecimentos mais recentes exigem que o Ministério Público exija, solicite, que uma junta médica examine o presidente da República para aferir qual que é o grau de sanidade mental que ele está apresentando.
Essa é uma questão de emergência nacional e eu diria até que é mais urgente que qualquer outra – inclusive todas as medidas que nós como sociedade civil temos que coletivamente enfrentar para que essa pandemia seja, não contida porque ela não será contida, mas que ela produza um mínimo possível de estragos aqui no Brasil.
E não há dúvida que, da lista de motivos que o presidente da República já apresentou para que eventualmente ele seja impossibilitado de continuar, a mais grave, evidentemente, é a total irresponsabilidade em relação a essa emergência colocada por uma questão de saúde.
Então é um problema sanitário afastar o presidente.
Impeachment é uma coisa que demora muito, que é muito complexa, portanto, a saída seria que os que têm alguma responsabilidade, que estão em torno dele, consigam encontrar uma maneira de fazer com que ele se afaste do exercício da Presidência da República.
Muito obrigado”.
A coluna Sustentáculos é na Rádio USP
Horário: Quinta às 8h
93,7 FM São Paulo / 107,9 FM Ribeirão
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