Um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e pelo Ibre/FGV revelou que a economia informal no país cresceu pelo 4º ano seguido e já corresponde a 16,9% do PIB. No ano passado, o percentual ficou em 16,8%.
O estudo mede o Índice de Economia Subterrânea (IES) e aponta que, no período de 12 meses encerrado em julho, a economia informal movimentou R$ 1,173 trilhão. O dado refere-se à produção e comercialização de bens e serviços que não são reportados oficialmente ao governo, e são caracterizados pelo descumprimento de regulamentações trabalhistas e previdenciárias.
A alta do índice segue o crescimento do trabalho informal no país, registrado trimestralmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados mostram um aumento de 4,8% no número de empregados sem carteira assinada no trimestre encerrado em outubro, na comparação com o trimestre anterior, reunindo 11,6 milhões – o maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Em 1 ano, o avanço é 5,9%, um adicional de 649 mil pessoas.
Além dos trabalhadores sem carteira, cresce também o número de “trabalhadores por conta própria” (principalmente pessoas que vendem alimentação ambulante), que já chega a 23,6 milhões de pessoas. A categoria cresceu 2,2% na comparação com o trimestre anterior (mais 497 mil pessoas) e 2,9% em relação ao mesmo trimestre de 2017 (mais 655 mil pessoas).