A atividade econômica brasileira recuou -0,1% em abril na comparação com março, aponta pesquisa divulgada nesta terça-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas.
O trimestre móvel terminado em abril, em comparação com o trimestre encerrado em janeiro (nov-dez/18-jan/19), caiu -0,9%.
Segundo análise do IBRE-FGV, o indicador apresentou retração em abril em duas das três grandes atividades econômicas: agropecuária, recuo de -1,9% (com quedas tanto na agricultura quanto na pecuária), e indústria, queda de -0,4%. O segmento serviços variou positivo 0,4% para o mesmo período analisado.
“A queda de 0,1% da economia em abril, segundo o Monitor do PIB-FGV, é a terceira retração mensal consecutiva registrada no ano. O desempenho da agropecuária e da indústria explicam essa desaceleração da atividade econômica. A taxa acumulada em 12 meses chegou a 0,6%; menor crescimento registrado desde o acumulado em 12 meses até outubro de 2017. No acumulado em 12 meses até abril a indústria volta ao terreno negativo depois de 14 meses de crescimento. Chama atenção que a extrativa e a transformação também retornam a variações negativas”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB.
O Monitor do PIB-FGV, que é publicado mensalmente pelo Instituto, é considerado uma antecipação do PIB (que é soma de todas os bens e serviços produzidos no país, em valores) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Economia em deterioração
Entre os desatinos e sandices do governo Bolsonaro, a economia brasileira está derretendo. A cada dia, as projeções e outros indicadores que analisam o andamento da economia brasileira apontam que o país está no rumo da recessão.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgada ontem (17) pelo órgão, apontou que a economia brasileira recuou pelo quarto mês seguido. O IBC-Br – que também é considerado uma “prévia” do PIB – registrou em abril um queda de -0,47% na comparação com março deste ano.
As estimativas de crescimento para economia deste ano continuam a desabar. Pela 16ª vez seguida, o mercado financeiro reduziu a previsão de crescimento para o PIB, que passou de 1% na semana passada para 0,93% de crescimento, segundo o Boletim Focus, divulgado também pelo Banco Central na segunda-feira (17).
ANTONIO ROSA