(HP 27/02/2015)
O presidente Lula que nos perdoe, mas ele está precisando ouvir umas verdades.
Quem apoiou por ação ou omissão a entrega do maior campo de petróleo do planeta, o campo de Libra, aos celerados da Shell e da Total, não devia se comparar a Getúlio Vargas, pois está devendo, e muito, em matéria de defesa da Petrobras.
O campo foi descoberto pela Petrobras e, conforme a cessão onerosa, estava sob seu controle. Pela lei da partilha, a Petrobras deveria ficar com 100% do campo, sem necessidade de leilão. Hoje tem apenas 40%, graças ao surto de vassalagem às multinacionais que acometeu o governo da Sra. Rousseff.
Quem apoiou por ação ou omissão as mentiras que a campanha pela reeleição de Dilma veiculou na televisão não devia criticar os militantes de seu partido por se sentirem envergonhados dela estar fazendo exatamente o oposto do que prometeu.
O fato é que a Petrobras foi assaltada por uma quadrilha composta de empreiteiras, diretores, próceres do PT e outros partidos da base. O consórcio desviou bilhões, superfaturando obras para financiar ganhos fraudulentos, mordomias e esquemas políticos.
O governo, até agora, se limitou a dizer que “não sabe” das provas, a pressionar a Justiça para livrar a cara das empreiteiras e a dizer que o remédio é mudar a legislação sobre financiamento das campanhas eleitorais.
Diante disso, o discurso de que tucanos e mídia querem se aproveitar da situação para desgastar a Petrobras, forçar a sua privatização e golpear a engenharia nacional soa apenas como uma patética tentativa de acobertamento do crime.
Mas esse, nós podemos garantir, não vai ficar impune.
Os ladrões deviam ter pensado antes de tomar liberdades com o maior símbolo da grandeza da nação brasileira. Até os sem-vergonha estão obrigados a se portar com um mínimo de patriotismo.