(HP 10/12/2014)
Enquanto os seguidores do dilmismo procuram desqualificar o juiz Moro, da Operação Lava Jato, sob a insólita alegação de que sua esposa “advoga para a APAE do Paraná, na qual atuam vários tucanos, entre os quais o vice-governador Flávio Arns”, que, diga-se de passagem, foi senador pelo PT entre 2003 e 2009, o presidente Rui Falcão afirma que só agirá contra eventuais desvios de integrantes do PT no assalto à Petrobrás se a PF “apresentar provas”.
Mais que o atestado da falência de um partido incapaz de avaliar por motu proprio a conduta de seus militantes, a afirmação do presidente do PT tem um quê de incitação ao crime. O problema não é roubar, mas ser pego pela Polícia e condenado pela Justiça.
Com esse nível de lassidão moral, não causa surpresa o passo seguinte: desqualificar a ação da Polícia e da Justiça, se o implicado for ligado ao PT.
É o que vem sendo feito pela maioria dos que se manifestam publicamente no partido, usando inclusive as injustiças cometidas pelo STF no julgamento do “mensalão” como justificativa para proteger os chacais que pilharam a Petrobrás.
A tática é covarde porque manipula o sentimento de justiça da militância para levá-la a defender algozes como se fossem vítimas. Na realidade, o que ela visa é garantir ao PT o mesmo teor de impunidade que o PSDB desfrutou nas privatarias contra o Brasil.