Efeitos adversos da cloroquina levam OMS a suspender testes

Diversos estudos concluem que não há benefícios na cloroquina mas, ao contrário, estudos concluem que há uma mortalidade maior entre os pacientes medicados com ela do que entre aqueles que não receberam tal remédio. Na foto os diretores da OMS, Tedros e Mike Ryan - foto OMS

A Organização Mundial da Saúde suspendeu, na segunda-feira, 25, os testes clínicos com a hidroxycloroquina em pacientes acometidos com o novo coronavírus. A determinação da OMS acontece depois que a principal revista médica inglesa, The Lancet, publicou um estudo destacando a ineficácia do medicamento e seus efeitos colaterais. Ou seja, de que não há benefícios na cloroquina mas, ao contrário, a revista concluiu que há uma mortalidade maior entre os pacientes medicados com ela do que entre aqueles que não receberam tal remédio.

Segundo a OMS, a medicação é motivo de graves preocupações pois a segurança em sua utilização está sob suspeição, segundo informa o diretor-geral da entidade, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus: “Estas preocupações estão relacionadas ao uso da hidroxicloroquina e cloroquina no tratamento da Covid-19”.

O diretor do Programa de Emergências da entidade internacional, Mike Ryan, afirma que o remédio deve ser alvo de “muita cautela”.

Com base em estudos que também envolvem uma universidade e um hospital nova-iorquinos, Dr. Tedros afirma que “um monitoramento ocorrerá para uma análise abrangente e uma abordagem crítica com base em evidências globais já ao alcance”. O diretor Ryan aponta para “os efeitos colaterais comuns” da droga envolvem “complicações cardíacas incluindo arritmias”.

A cloroquina vinha sendo exaltada por Trump com indicação macaqueada por Bolsonaro como panaceia para recuperar doentes que contraíram o Covid-19. A insistência em seu uso seguiu por parte deles apesar de todas as demonstrações em contrário, através de diversos trabalhos médicos, que incluem também conclusões de investigações levadas a cabo na França e China.

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