A onda de aumentos nas contas de luz chega na maior distribuidora do país com o anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizando o aumento médio de 15,84% nos preços praticados pela AES Eletropaulo. O aumento passou a valer nesta quarta-feira (4).
A empresa é responsável pelo fornecimento de energia elétrica para 7,1 milhões de unidades consumidoras em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital paulista.
Segundo a Aneel, as tarifas para residências terão aumento de 15,08%, para empresas que utilizam baixa tensão, o reajuste será de 15,14%. Já as que usam alta tensão terão aumento de 17,67% na conta de energia elétrica.
Com o aumento autorizado para a AES, restam apenas algumas cooperativas de distribuição de energia elétrica terem aumentos aprovados para que em todo o país, para todos os brasileiros, o governo tenha elevado os preços praticados nas tarifas de energia. Os aumentos autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica chegam a 38,6%.
Somente no mês passado a ANEEL autorizou o aumento de 16% para Copel do Paraná, 8,8% para a Companhia Energética de Brasília (CEB) e 13,3% para a Energisa (MG).
Os aumentos autorizados pelo governo vão desde reajustes tarifários anuais previstos nos contratos até equiparação de ganhos pelo uso das termoelétricas, onde o custo da energia é maior do que das hidroelétricas.
O Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico (Ilumina) analisou os lucros das distribuidoras, em sua maioria privatizadas, e apontou que entre as 30 empresas mais rentáveis no Brasil, “11 são do setor elétrico”, e questionou “um serviço essencial. Alguma relação?”.
Serviço essencial, básico para a sociedade não deve ser base de grandes lucros, empresas rentáveis. O objetivo da distribuição de energia é distribuir energia e não gerar lucros exorbitantes baseados em tarifas exorbitantes pagas pelos consumidores.