Ela é acusada de associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.
A bolsonarista Elizângela Cunha Pimentel Braga, com prisão decretada, se entregou à Polícia Federal, em Campos dos Goytacazes, na noite desta segunda-feira (16), após uma operação contra elementos acusados de organizar e financiar os atos terroristas em Brasília.
A mulher, que é da cidade de Itaperuna, recebeu doações que foram repassadas para os moradores de Campos que estavam acampados em Brasília. A Polícia Federal diz que provas demonstram que os três alvos do pedido de prisão financiaram o transporte e a hospedagem de bolsonaristas do Norte Fluminense que foram para Brasília depredar os Três Poderes.
A PF tenta descobrir quem estava nos ônibus e vans que levaram moradores do Norte Fluminense para participar do vandalismo no Distrito Federal. Para isso, as equipes vão analisar celulares, computadores e anotações colhidas na casa da financiadora do terrorismo durante a Operação Ulysses.
Na manhã de segunda-feira (16), a Polícia Federal já havia prendido o bombeiro militar do Rio de Janeiro Roberto Henrique de Souza Júnior, de 52 anos. Ele foi um dos três alvos de mandados de prisão da operação Ulysses. Os envolvidos são apontados por associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.
A PF ainda procura pelo terceiro alvo da operação, Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC. Ele é apontado como líder da Direita Campos. Com prisão preventiva decretada, já é considerado foragido. Carlos esteve em Brasília e a PF investiga se ele foi uma das pessoas que invadiram o Supremo.
A operação Ulysses, deflagrada nesta segunda em Campos de Goytacazes, também apura a participação dos alvos na organização de atos golpistas em frente a quartéis em Campos dos Goytacazes e de bloqueios de vias em atos antidemocráticos após o 2º turno das eleições na cidade.
Também estão detidos o ex-secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça Anderson Torres, aliado de Bolsonaro (PL), e o ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto. Ambos foram detidos por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, por sabotagem nas operações da Segurança do Distrito Federal.