Um total de 4,8 milhões de micro e pequenas empresas estavam com dívidas atrasadas em agosto, conforme estudo divulgado pela Serasa Experian. É um percentual 13,2% a mais que o registrado no mesmo mês de 2016. A maior quantidade já registrada desde março de 2016, base inicial do histórico levantado.
Desse total 45,4% eram companhias comerciais, 45,3% prestadores de serviços e 8,8% indústrias. A região Sudeste concentra a maior porcentagem de micro e pequenas empresas inadimplentes, com 53,6% do total. Em seguida está o Nordeste, com 16,5%; Sul, com 15,8%; Centro-Oeste, com 8,7% e Norte, com 5,3%.
As MPEs que já responderam por 27% do PIB em 2015 e, por isso, o recorde de inadimplência preocupa. “Essas micros e pequenas representavam 93% do total de companhias inadimplentes no Brasil em agosto deste ano”, afirma o economista Luiz Rabi, responsável pelo estudo.
“Observamos que a inadimplência do consumidor vem caindo, e a inadimplência das pessoas jurídicas não para de crescer.” “Os resultados mostraram que a inadimplência das pessoas jurídicas foi puxada pelo avanço da inadimplência das micro e pequenas empresas”, explica o economista.
Esse estudo dá mais subsídios para explicitar a contradição que vive e se aprofunda em nossa economia, com o setor financeiro com lucros altíssimos durante os piores anos que a economia atravessa, enquanto os demais setores, com poucas exceções, vive a aflição do dia seguinte. Veja matéria nesta página sobre os lucros do Itaú.