A figura mais alvejada pelos raivosos manifestantes foi Sérgio Moro, chamado de traidor e mentiroso
Manifestantes em número reduzido se aglomeraram na Praça dos Três Poderes em Brasília neste sábado (09) para mais uma vez pedir o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e a cassação dos governadores.
Além de Maia, Alcolumbre, Doria, Toffoli, Alexandre de Moraes e outros membros do STF, desta vez o ódio maior esteve dirigido ao ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, considerado por eles como o “grande traidor”.
Os mais lunáticos tinham anunciado que eles trariam 300 caminhões para Brasília e mais ex-militares para invadir o STF e “acabar com a patifaria”. Até o início da noite os caminhões e a “tropa de pijama” não tinham chegado e eles estavam em algumas poucas centenas xingando os desafetos do governo com apenas um trio elétrico e alguns carros.
Alguns bolsonaristas mais ortodoxos, sem saber que seu chefe tinha desistido da ideia, imitaram Bolsonaro e fizeram um churrasco nos gramados em frente à Praça dos Três Poderes.
O grupo de milicianos fanáticos, que o jornal Estadão chamou em editorial, de “Camisas Pardas” de Bolsonaro, não conseguiram animar muita gente para os seus intentos e se concentraram em frente do Palácio do Planalto.
Ali eles abriram um painel com as imagens dos vários desafetos de Bolsonaro que, aliás, é um grupo que não para de crescer. Lá estavam Moro, Maia, Alexandre Moraes, Dória, Hasselmann, Witzel e outros. Eles ficaram fazendo um a espécie de “tiro ao alvo”, jogando objetos e atingindo as personalidades odiadas por eles.
“Força, família policial. Queremos o Exército nas ruas. Fora governadores, fora Supremo. O Brasil apoia Jair Bolsonaro. Fora Doria, fora Alcolumbre. Vocês são uma vergonha nacional. O Brasil cansou de vocês”, discursava uma manifestante no trio elétrico.
A Polícia Militar acompanhou a carreata e, segundo a corporação, não houve registro de incidentes relacionados à manifestação. No local, militares orientaram o grupo a evitar aglomerações. Mesmo com as orientações, os bolsonaristas decidiram seguir o exemplo de Bolsonaro e não usaram máscaras e nem guardaram distância entre eles.
O evento aconteceu em frente ao Congresso Nacional, Casa que decretou, também nesse sábado, luto pelas mais de 10 mil vítimas fatais da Covid-19.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, que pertence ao próprio governo Federal, a única maneira de conter essa pandemia é com o isolamento social. Ambos os órgãos afirmam que aglomerações nesse momento fará com que o número de infectados e de mortos, aumente. O STF seguiu o Congresso e também decretou luto pelas 10 mil mortes provocadas pelo coronavírus.