
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM) entregaram ao presidente Lula um manifesto em que denunciam o sucateamento da Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), a única refinaria da Região Norte – privatizada no governo Bolsonaro –, e pedem a sua retomada às mãos da Petrobrás.
De acordo com as entidades, atualmente, a REMAN “é uma refinaria que, vergonhosamente, não refina”, enquanto “o povo do Amazonas é forçado a pagar a gasolina e o gás de cozinha mais caros do Brasil, mesmo abrigando uma refinaria em seu território”.
“Este é o retrato da política de privatização que entregou nosso patrimônio e agora sacrifica a população em nome do lucro de poucos”, afirmam.
Na carta ao presidente, a FUP e Sindipetro-AM denunciam ainda que para os trabalhadores da REMAM, “demissões em massa, salários rebaixados e a insegurança operacional se tornaram a nova realidade”.
O documento ressalta ainda que todo o petróleo extraído de Urucu, que deveria abastecer a população do norte do país, é despachado para São Paulo, num esquema logístico que só serve para encarecer o produto final e aumentar os lucros. “A refinaria, que deveria ser um polo de desenvolvimento, corre o risco de virar um mero terminal de importados, um fantasma de metal a assombrar a Zona Franca de Manaus”, afirmam.
“É a receita do desmonte, que enfraquece nossa soberania energética e condena a economia regional ao subdesenvolvimento”. “Como podemos aceitar que uma refinaria construída com dinheiro público agora sirva a interesses privados?”, questionam.
Conforme citam as entidades, “a privatização da refinaria do Norte do país trouxe redução drástica da atividade de refino, aumento da importação de combustíveis, preços abusivos para a população da região, precarização do trabalho e perda bilionária de arrecadação pública”.
“Diante desse cenário, solicitamos o apoio de Vossa Excelência para que a Petrobrás retome o protagonismo no refino no Amazonas”, finalizam os petroleiros.