Nesta quarta-feira (13), os professores, funcionários técnico-administrativos e estudantes da Universidade de São Paulo (USP) realizaram um “trancaço” no portão 1 da Cidade Universitária, na capital paulista. Os professores e estudantes deram início à greve no dia 29 de maio, enquanto os trabalhadores aderiram posteriormente.
O “trancaço” teve início pela manhã, cerca de 6 horas da manhã, e andou até a Avenida Vital Brasil, onde foi finalizado quatro horas depois. Desde o começo das mobilizações neste ano dentro da Universidade, é a primeira vez que as categorias ocupam as ruas dos arredores para alertar os moradores da região oeste de São Paulo sobre os riscos que correm caso o Hospital Universitário (HU) seja fechado e com o sucateamento da USP.
As greves foram deflagradas na tentativa de que os salários dos funcionários da USP voltassem a ser valorizados. Desde 2015, devido ao arrocho salarial, as perdas salariais foram de 12,66%. Nesse cenário, o reitor Vahan Agopyan propôs, e seus colegas do Conselho Universitário aprovaram, sem que uma negociação honesta acontecesse, que o reajuste fosse de apenas 1,5%.
Não somente pelo reajuste salarial negociado lutam os professores, estudantes e trabalhadores da USP. As três categorias já se posicionaram contra o fechamento ou desvinculação do HU, por mais auxílio de permanência estudantil e por contratações de professores em regime de exclusividade.