Em Israel, o presidente do Banco Central do Brasil, o israelense Ilan Goldfajn, participou em um painel de economistas no domingo (4) e defendeu a continuidade do “ajuste fiscal” de Temer/Meirelles, iniciado por Dilma/Levy, que tem como base o corte dos investimentos públicos e a farra do gasto com juros. Além disso, pregou pela reforma da Previdência.
O banqueiro egresso do Itaú Unibanco fez uma exposição do regime de meta de inflação, assinado em 1999 pelo governo Fernando Henrique com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e mantido pelos governos Lula, Dilma e Temer: projeção de inflação baixa, juros altos e superávit primário (reserva de recursos públicos para pagamento de juros).
Em um dos gráficos, Goldfajn apresentou a redução nominal na taxa de juros no país, para mascarar os juros reais siderais.
Goldfajn defendeu a continuidade das reformas de Temer – leia-se reforma da Previdência. Bolsonaro já explicitou que pretende que seja aprovada ainda este ano idade mínima para aposentadoria no serviço público e privado. “Queremos dar um passo, por menor que seja, mas dar um passo na reforma da Previdência, que é necessária”, disse.
Temer encaminhou à Câmara dos Deputados uma proposta de reformar a Previdência social, com previsão de idade mínima de aposentadoria de 62 anos para mulheres e 65 para homens (para trabalhadores do setor público e privado). Na proposta defendida por Armínio Fraga ao novo governo, entre outras medidas, a idade mínima seria de 65 anos tanto para homens como para mulheres. (Leia em Armínio Fraga propõe a Bolsonaro assalto mais radical à Previdência).