O presidente do Banco Central da Argentina, Luis Caputo, renunciou ao cargo na terça-feira (25), citando motivos pessoais, mas foi no mesmo dia em que aconteceu no país uma greve geral e em que Maurício Macri, e o seu ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, estavam em Nova York, de pires na mão, por um novo adiantamento de empréstimo com o Fundo Monetário Internacional, FMI.
Caputo atuou com Macri desde que este chegou à presidência do país em dezembro de 2015. Ocupou o cargo de Secretário de Finanças, depois, ministro da área, e estava na presidência do BC há pouco mais de 3 meses.
O site argentino Âmbito Financeiro assinalou que o funcionário defendia a intervenção no mercado cambial com o objetivo de conter a alta do preço do dólar. Teria se chocado com a imposição de Christine Lagarde de que a moeda norte-americana “flutue livremente”. Nem tudo, porém, foi divergência. Durante sua passagem no comando do BC, a taxa de juros básicos do país foi elevada de 40% para 60% ao ano.
O peso despencou mais de 4%, em relação ao dólar, após a renúncia de Caputo. Guido Sandleris, o número 2 do Ministério da Fazenda, assume a Presidência do Banco Central.