O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento de Natal na noite desta segunda-feira (23) em rede nacional.
No pronunciamento, o presidente agradeceu “as orações e as mensagens de carinho” que recebeu “durante a emergência médica” a que foi submetido recentemente. “Graças a essa corrente de solidariedade, estou ainda mais firme e mais forte para continuar fazendo o Brasil dar certo”, disse.
Segundo Lula, “este é o momento de renovarmos nossa esperança”.
“Todas e todos vocês que ajudam a construir esse grande país. O Natal é um bom momento para relembrarmos os ensinamentos de Cristo: a compaixão, a fraternidade, o respeito e o amor ao próximo”, observou.
“Meu desejo é que esses ensinamentos estejam presentes não apenas no Natal, mas em todos os dias de nossas vidas. Que cada um de nós reconheça no outro o seu semelhante. Que irmão se reconcilie com irmão. Que as famílias possam celebrar em comunhão”.
Ele ainda disse que “temos enormes desafios pela frente” e que sempre acreditou “que governar é cuidar das pessoas. Cuidar de todos e de todos os brasileiros e brasileiras. Com um olhar especial para aqueles que mais precisam”.
Segundo o presidente, foi feito muito “e ainda temos muito a fazer”. E prometeu “continuar plantando”. “Em 2025, redobraremos nossas forças para o plantio. E que a colheita seja cada vez mais generosa”.
“Feliz Natal e um 2025 cheio de prosperidade para a grande família brasileira”, concluiu.
Na semana passada, o governo fez o Congresso aprovar um pacote de cortes proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet.
O pacote atinge os mais pobres, os que mais precisam. Só com o freio nos reajustes do salário mínimo o governo espera cortar R$ 110 bilhões até 2030. Os trabalhadores foram os mais penalizados pelo pacote.
Também foram atingidos os beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada), o abono salarial, o Bolsa Família. No caso do abono, os trabalhadores que hoje ganham até dois salários mínimos, passariam a limitar-se a 1,5 salário mínimo até 2030, pela previsão da equipe econômica.
Já os juros pagos aos financistas não foram tocados. Nos últimos 12 meses até outubro, os cofres públicos pagaram R$ 869,3 bilhões só de juros.
Nos últimos dias, em reuniões e encontros com seus auxiliares, Lula declarou que tomou “as medidas necessárias” pelo ajuste fiscal e se comprometeu a tomar “novas medidas” de cortes se “necessárias”.