
E se engalfinha com manifestantes
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), foi ao aeroporto de Brasília, na noite de terça-feira (8), implorar aos deputados que assinem o pedido de urgência para o projeto de anistia para os golpistas condenados, mas foi confrontado por manifestantes contrários à tentativa de deixar Jair Bolsonaro impune por seus crimes contra a democracia.
Os manifestantes estavam com um pôster dizendo “pela democracia: sem anistia, prisão para os golpistas!”.
Hugo Silva, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), disse que “lugar de golpista é na cadeia” e “não vai ter anistia”. Além disso, lembrou que “Bolsonaro é réu, inelegível”.
Sóstenes Cavalcante foi ao aeroporto de Brasília como uma medida desesperada para tentar alcançar o número mínimo de assinaturas para que o projeto da anistia tramite em regime de urgência, ou seja, sem passar por nenhuma comissão da Câmara.
Sóstenes estava acompanhado de Hélio Lopes (PL-RJ), conhecido como Hélio Negão ou Hélio Bolsonaro, e alguns militantes bolsonaristas.
Como informou o bolsonarista em suas redes sociais, até a terça de noite o grupo ainda não tinha as assinaturas necessárias para o pedido de urgência. Segundo Sóstenes, faltam 34 assinaturas para as 257 exigidas.
Mesmo sem conseguir as assinaturas, Sóstenes Cavalcante encerrou as obstruções às votações, que os bolsonaristas estavam realizando para atrapalhar o funcionamento da Câmara.
O projeto de lei da anistia proposto pelos bolsonaristas perdoa todos os condenados pelos atos golpistas entre 30 de outubro de 2022 e o dia da eventual aprovação da lei, uma evidente tentativa de conceder um prêmio à impunidade.
Apesar de dizer que querem proteger as “velhinhas” que atacaram Brasília em 8 de janeiro de 2023, a intenção é conseguir a impunidade para Jair Bolsonaro, que agora é réu por liderar a tentativa de golpe.
Apoiar a anistia pra beneficiar terroristas, é pactuar com bandidos da pior espécie.