São Paulo tem a cesta de alimentos mais cara do país, comprometendo 60% do salário mínimo
O preço da cesta básica voltou a cair na maior parte das capitais brasileiras entre outubro e novembro, informou a pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Divulgada nesta terça-feira (09), a Pesquisa Nacional de Preços dos Alimentos registrou redução de preços do conjunto de alimentos básicos em 24 das 27 capitais pesquisadas.
As quedas mais importantes vieram do Macapá (-5,28%), Porto Alegre (-4,10%), Florianópolis (-2,90%), São Luís (-2,56%), Fortaleza (-2,35%), Rio de Janeiro (-2,17%), Curitiba (-2,12%) e João Pessoa (-2,01%).
São Paulo, que lidera o ranking de cesta mais cara do país – o valor, em novembro, era de R$ 841,23 – também registrou recuo de 0,70%.
Por outro lado, os preços aumentaram em Rio Branco (0,77%), Campo Grande (0,29%) e Belém (0,28%).
Na comparação anual, o preço da cesta subiu em 14 das 17 capitais pesquisadas. Até setembro deste ano, o Dieese realizava a pesquisa em 17 capitais – a amostra subiu para as 27, mais o Distrito Federal, fruto da parceria com a Conab.
Cesta ainda custa quase 60% do salário
Apesar dos recentes recuos mensais no valor da cesta básica, o Dieese calcula que, com base na cesta mais cara do país (São Paulo), o salário mínimo necessário para manter uma família de 4 pessoas, seguindo os preceitos da Constituição, deveria ser de R$ 7.067,18 em novembro – ou 4,66 vezes o mínimo atual, de R$ 1.518,00.
Também tomando por base o piso nacional e o custo da cesta de São Paulo, o trabalhador paulistano comprometeu 59,91% do salário apenas com a aquisição dos produtos de primeira necessidade. A média nacional, calculada pelo Dieese, é de comprometimento de 48,41%, já considerando o salário líquido.











