Michel Temer foi a Nova York para vender o Brasil e disse que ficou muito satisfeito com o entusiasmo manifestado pelos americanos. Rastejando para obter apoio dos banqueiros e negocistas presentes ao butim, Temer não teve coragem de oferecer a Petrobrás, mas o fez vergonhosamente com a Eletrobrás. “Veja, foi um gesto importante, até ousado, que tivemos quando resolvemos abrir a maioria do capital da Eletrobras para a iniciativa privada”, disse o presidente mais rejeitado da história do Brasil.
Em entrevista ao editor-chefe global da Reuters, Steve Adler, Temer disse que não pode privatizar a Petrobrás, mas apresentou a abertura do pré-sal para as multina
cionais como um grande feito. “A Petrobrás tem uma simbologia muito forte para o Brasil, fortíssima. É uma coisa do tipo a soberania nacional se expressa por meio da Petrobrás. É uma coisa muito forte. Não se pensa naturalmente em privatizar a Petrobrás, mas abrimos a Petrobrás para a iniciativa privada”, anunciou o entreguista.
Ou seja, ele informou que não pode privatizar a Petrobrás, mas vai esvaziá-la até a sua inviabilização. O golpe contra a Petrobrás e o Brasil está exatamente na retirada da exclusividade da operação, pela estatal, na exploração do pré-sal. Temer referia-se à lei de autoria de José Serra, que foi aprovada com apoio de Dilma Rousseff, tirando a exclusividade da estatal no pré-sal. Essa lei esdrúxula permite à empresa escolher se participa ou não de todos os leilões de áreas do pré-sal. Como a atual direção da Petrobrás é serviçal das multinacionais, serão elas as grandes beneficiadas desta traição nacional.