Bolsonaro vende mais campos de petróleo

Plataforma P.61 operando no campo de Papa-Terra na Bacia de Campos. Foto: Divulgação

O governo Bolsonaro segue acelerando a venda do patrimônio do povo brasileiro em plena pandemia do coronavírus e diante da mais grave crise econômica mundial.

Na sexta-feira (18), a direção da Petrobrás divulgou o início da fase vinculante do processo de venda da totalidade de sua participação no campo de Papa-Terra, localizado em águas profundas no sul da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. A Petrobrás é detentora de 62,5% do campo e os 37,5% restantes pertencem à norte-americana Chevron.

O campo de Papa-Terra iniciou sua operação em 2013 e sua produção média de óleo e gás, em 2019, foi de 17,3 mil barris de óleo equivalente (boe) diários, por meio das plataformas P-61 e P-63.

A venda do campo Papa-Terra foi anunciada no início de fevereiro deste ano. Na fase vinculante, a direção da Petrobrás escolhe as empresas que considera aptas a adquirirem o patrimônio da companhia, através de carta-convite, com as instruções sobre o processo do desmonte implementado pelo governo.

A ofensiva do governo Bolsonaro contra o patrimônio da Petrobrás se dá em um momento em que países como, por exemplo, França e Itália, discutem estatizar empresas para impedir que companhias nacionais quebrem, ou sejam abocanhadas por estrangeiros, em meio à crise econômica  global, que foi agravada pela pandemia do coronavírus.

O ministro de Finanças de França, Bruno Le Maire, afirmou que o governo está preparado para usar todos os meios a fim de apoiar grandes empresas que sofrem com turbulências no mercado financeiro, incluindo a nacionalização se necessário.

Outro país que está protegendo suas empresas nacionais é a Alemanha, que bloqueou a compra de empresas alemãs por companhias estrangeiras com o objetivo de   conter o prejuízo que a pandemia vem causando em sua economia.

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Uma resposta

  1. Lamentável… Esse governo é especialista em levantar “cortina de fumaça”, para a gente não ver o que está acontecendo realmente. O Intercept, por exemplo, surgiu com as denúncias sobre a parcialidade de Moro e Dallagnol justamente quando iam começar a votar as Reformas. As denúncias são válidas? São. Mas as “coincidências” que ocorrem nesse governo, sempre favorecendo-os, não podem passar em branco. A gente tem que desconfiar.

    Agora, o coronavírus que caiu como luva, sendo sozinho uma grossa cortina de fumaça. O que mais tem sido feito pelas nossas costas?…

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