O presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, comemorou a participação de 84,53% dos eleitores (mais de 7,8 milhões), para referendar a nova Constituição do país. Dizendo-se “mais do que otimista, me sinto seguro, porque tanta gente boa não pode estar equivocada. Por isso hoje é um dia de continuidade, de reafirmação e de unidade”.
De acordo com o presidente, a nova Constituição “dignifica e enaltece os valores do povo cubano, o legado de Martí, de Fidel, de Raúl; é uma Constituição que amplia os direitos para todos, que formula um Estado socialista de direito”.
Do total de votos apurados, 95,8% foram validados dos quais 86,65% votaram “Sim” e 8,15% votaram “Não”.
Na avaliação de Díaz-Canel, “o processo eleitoral cubano não pode se ver distanciado do contexto de ameaças imperiais” que nos vemos mergulhados, que ampliam pressões beligerantes e movimentos pelo retrocesso na região. Por isso, sublinhou, “estamos votando também pela América Latina e o Caribe”.
“Nós cubanos estamos votando unidos”, sublinhou Díaz-Canel, “porque nada do que ocorre no mundo está nos distraindo das batalhas cotidianas que temos, fundamentalmente na economia, na preparação para a defesa e em todos os âmbitos da sociedade”.
“O mundo melhor ao que todos aspiramos não é com neoliberalismo, é com socialismo, o qual temos que seguir aperfeiçoando e buscar uma melhor reforma econômica aos nossos problemas, porque, socialmente, já demonstrou que é o mais justo”, destacou o presidente cubano.
Elogiando a riqueza do novo texto constitucional, alcançado a partir da construção coletiva em um profundo debate, Díaz-Canel frisou que o resultado representava “um sim por Cuba, pela revolução e pelo futuro”, “que nos permitirá destravar processos e avançar de maneira mais decidida”.
A presidenta da Comissão Nacional Eleitoral (CEN), Alina Balseiro Gutiérrez qualificou a “jornada massiva” como uma vitória da consciência popular e da profunda cultura política, pois os 84,4% de participação representaram uma cifra superior à segunda etapa das eleições gerais realizadas em março do ano passado.
As urnas estiveram distribuídas em 24.297 colégios e 12.513 circunscrições eleitorais, 198 colégios especiais, e envolveram mais de 400 mil pessoas, entre autoridades, supervisores, colaboradores, pioneiros (crianças) e grupos de recepção e contagem de votos.