
Consumidores de vários países estão boicotando produtos produzidnos nos Estados Unidos. De canadenses a suecos, passando por dinamarqueses e franceses organizam grupos que vão de empresas a redes sociais no boicote cada vez mais generalizado.
Pelas redes sociais, defensores do boicote a produtos americanos estão ganhando momento e formando grupos com instruções e dicas de produtos americanos a serem boicotados.
Na Dinamarca, depois da pressão de Trump e seu círculo interno em comprar, ou até em tomar à força a Groenlândia. Empresas dinamarquesas como o Salling Group estão rotulando produtos europeus com uma estrela preta para ajudar os consumidores a boicotarem.
No Canadá, um dos alvos das tarifas de Trump, consumidores estão virando produtos americanos de cabeça pra baixo e destacando o que deve ser boicotado e comprando produtos feitos no Canadá. Eles até criaram um aplicativo com uma lista de produtos americanos a serem boicotados, o ‘Maple Scan’ em que produtos podem ser escaneados para revelar onde foram fabricados.
Os franceses estão boicotando carros fabricados pela Tesla, de Elon Musk. O empresário Romain Roy, que tem uma empresa de energia solar, optou por pagar mais caro por carros elétricos fabricados na Europa.
Depois do envolvimento de Elon Musk na reeleição de Trump e das duas saudações nazistas que fez na posse de Trump, consumidores do mundo todo estão boicotando os carros da Tesla provocando uma forte queda nas vendas da empresa no mundo todo e uma queda nas ações da empresa.
Frequentemente Musk aparece em entrevistas na mídia conservadora nos EUA choramingando pelas consequências de seus atos e visivelmente assustado pela queda nas vendas de seus carros elétricos.
Em vários países da Europa, na Austrália, Noruega, Alemanha, Nova Zelândia, Irlanda e Escócia, a Tesla está sofrendo com quedas nas vendas e protestos contra o governo americano e o nazismo de Musk.
Consumidores em vários países estão fazendo campanhas nas redes sociais, para substituir produtos americanos com produtos nacionais.
Na Suécia, o grupo do Facebook, “Bojkotta varor fran USA” (em sueco, “Boicote produtos dos EUA”) reúne agora 86 mil membros. Um grupo similar francês tem cerca de 30 mil membros.
A empresa norueguesa, Haltbakk Bunkers, que abastece navios, anunciou que vai boicotar navios americanos. Não irão fornecer combustível para navios com a bandeira dos EUA.
Os consumidores chineses também estão repensando seus hábitos de consumo. A China, principal alvo da guerra tarifária de Trump, recentemente foi alvo de um aumento de até 145% (pelo menos até agora) das tarifas americanas e a resposta do governo chinês em aumentar as tarifas de produtos americanos em até 125%. Consumidores chineses estão tendo que procurar alternativas a produtos americanos devido ao aumento repentino dos preços.
É uma reação à doideira tarifária de Trump que até agora se mostrou um grande tiro no pé politicamente e economicamente provocando um intenso desgaste aos EUA. Mesmo com a recente pausa de 90 dias nas tarifas, Trump pode ter provocado uma reação popular do mundo todo contra os EUA de difícil recuperação.