Cerca de 50 mil metalúrgicos realizaram atos e greves contra a reforma trabalhista na capital a paulista e Mogi das Cruzes, na última sexta-feira, 10. Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres,“vamos resistir e continuar lutando, porque a luta faz a lei”.
Segundo Miguel Torres, os trabalhadores demonstraram sua insatisfação “contra a reforma trabalhista, que serve só para tirar direitos e precarizar as relações de trabalho. O governo se rearticula com o Congresso Nacional para aprovar a reforma da Previdência. Não vamos aceitar mais esta agressão aos direitos e às conquistas da classe trabalhadora e vamos parar o Brasil para frear o governo e seus aliados”, completou Torres que também é vice-presidente da Força Sindical.
Para o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), que participou do movimento, a classe trabalhadora tem que “desencadear a desobediência civil dentro das fábricas, os trabalhadores têm que desmoralizar esta lei. O governo disse que a reforma era para aliviar o custo Brasil. Conversa deles! As reformas que o governo promove são para dar mais dinheiros para os banqueiros. Nós temos que preparar uma nova greve geral para tirar estes corruptos”, declarou Bira.
Em Guarulhos, cerca de 4 mil metalúrgicos realizam protestos em sete fábricas do Setor. Segundo o presidente do sindicato que representa a categoria, José Pereira, “a principal meta este ano é manter os direitos das Convenções pra impedir que a reforma tenha efeitos imediatos e traga prejuízos aos trabalhadores”, defendeu Pereira.
Trabalhadores de oito fábricas de São Jose dos Campos e Jacareí também protestaram contra a reforma trabalhista. Em apoio ao movimento, petroleiros realizaram protestos na Refinaria Henrique Lage (Revap).