
Nesta segunda-feira (26), o vôlei masculino conseguiu uma virada heroica contra a seleção Argentina, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Em uma noite em que tudo parecia dar errado, o Brasil soube ressurgir em meio aos erros.
Na marra e no talento, a seleção brasileira ignorou qualquer distância no placar para conseguir uma virada no clássico contra a Argentina. Em 3 sets a 2, parciais 19/25, 21/25, 25/16, 25/20 e 16/14, os campeões olímpicos mostraram força rumo à segunda vitória nas Olimpíadas de Tóquio.
A vitória evita um drama antecipado e dá certo conforto na reta final da fase de classificação. No grupo mais difícil em Tóquio, o Brasil ainda encara três favoritos ao pódio em busca de uma vaga nas quartas de final. Na próxima quarta-feira, enfrenta a Rússia. Depois, em sequência, pega Estados Unidos e França. Os quatro melhores de cada chave avançam.
O jogo
Depois de a equipe comandada por Marcelo Mendez abrir 2 a 0 no placar, o time verde e amarelo conseguiu diminuir. No quarto set, porém, a seleção albiceleste esteve em vantagem e a vitória parecia encaminhada, mas o Brasil conseguiu empatar. No quinto e decisivo set, com muita emoção e grande atuação de Leal, os comandados de Renan Dal Zotto garantiram os 100% de aproveitamento até aqui na competição.
Após a vitória, Lucão celebrou o resultado e salientou a importância do triunfo para a caminhada nos Jogos Olímpicos.
“Sempre falei, desde o começo, que os nossos dois principais jogos seriam os dois primeiros, contra Tunísia e Argentina. E a gente não podia perder nem a pau em um grupo desse. Claro que a Argentina não se compara com a Tunísia, a Argentina vai fazer jogo duro com todo mundo. Só que, dentre as forças que a gente tem daqui para frente agora, é o mais fraco que vamos encontrar. E não podíamos perder hoje. Agora, é pau a pau até o final”, disse, ao SporTV.
O próximo adversário na chave é a Rússia, que joga sob a bandeira do Comitê Olímpico Russo. O confronto será na quarta-feira, às 9h45 (de Brasília).

Surfe: brasileiros avançam para as quartas
O Brasil segue firme na disputa de medalhas no surfe masculino e feminino. O surfe é outro esporte radical estreante em Olimpíadas, junto com o Skate e as escaladas.
No masculino, Ítalo Ferreira e Gabriel Medina venceram suas baterias e garantiram vagas nas quartas de final. Atual campeão mundial, Ítalo foi quem teve a vitória mais tranquila, contra o neozelandês Billy Stairmand. Líder do ranking, Medina teve uma bateria acirrada contra o antigo rival Julian Wilson, mas virou no final com um de seus aéreos espetaculares e venceu por 14.33 a 13.00.
No feminino, Silvana Lima também segue viva após bater a portuguesa Teresa Bonvalot. Nas quartas de final, contudo, a cearense terá uma pedreira pela frente: a tetracampeã mundial e número 1 do ranking Carissa Moore. Tatiana Weston-Webb, outra brasileira no torneio, acabou eliminada pela japonesa Amuro Tsuzuki.

As finais do surfe ocorrerão na noite desta segunda, emendando com a madrugada da terça-feira (27). As finais foram antecipadas em um dia para evitar um tufão que atingirá a costa do Japão. A previsão do tempo afetará o calendário das provas, de disputa do ouro e do bronze.
O fenômeno meteorológico, que deve mudar o tempo e o mar na praia de Tsurigasaki, em Chiba (cerca de 100 km de Tóquio), mexeu na programação da terça (27), que envolvia apenas as disputas das quartas e semifinais.
Com a alteração, a final será realizada na sequência. A mudança no calendário foi confirmada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) na manhã de segunda.
Os representantes brasileiros Gabriel Medina e Italo Ferreira vão disputar as quartas de final por volta de 19h36 e 20h12 (horário de Brasília) desta segunda, respectivamente. Se passarem, vão à semifinal, que se inicia por volta de 23h48. A final será disputada depois das 3h46, já invadindo a madrugada de terça.
Os brasileiros Gabriel Medina e Ítalo Ferreira estão em chaves diferentes e, se seguirem na competição, podem se encontrar na final. Esse é, inclusive, um desejo dos dois.
“A gente pode se encontrar na final e sem dúvidas, isso seria incrível, seria histórico”, disse Ítalo.
Sobre o mar, Medina disse que, apesar de estar difícil, é um mar favorável para o estilo dos brasileiros.
“Eu espero que o mar continue bombando assim, tem bastante onda, o que é bom pra gente. Eu e o Ítalo, a gente ama esses mares que vem bastante onda, que tem bastante oportunidade. (…) Tô muito feliz de estar nas quartas e, se Deus quiser, a gente consiga fazer essa dobradinha na final”, disse.
O Dia
A seleção brasileira de handebol masculino sofreu seu segundo revés em Tóquio nesta madrugada. A equipe começou mal, se recuperou, mas acabou derrotada pela França por 34 a 29.
No dia seguinte ao bronze de Daniel Cargnin no Judô, o peso-leve Eduardo Barbosa não passou da primeira fase no judô. Ele foi finalizado pelo francês Guillaume Chaine no ponto de ouro logo na primeira luta e deu adeus à competição.
O brasileiro Henrique Avancini fez bonito na final do ciclismo de estrada. Ele chegou a liderar o pelotão por uma volta e terminou a prova em 13º lugar, melhor resultado do Brasil no mountain bike na história das Olimpíadas. Segundo brasileiro na prova, Luiz Henrique Cocuzzi terminou a prova na 27ª posição.
Na busca de sua sexta medalha olímpica, o veterano Robert Scheidt teve um bom dia na vela. Ele acumulou um décimo e um quarto lugar nas disputas do dia em Enoshima, e saltou ao oitavo lugar geral na classe Laser após três regatas.