
O embaixador da Palestina na ONU, Riyad Mansour, chorou ao descrever o morticínio e a fome imposta às crianças pelas tropas de ocupação e extermínio de Netanyahu em Gaza
O transbordamento de emoção aconteceu em seu discurso nesta quarta-feira (28) para o Conselho de Segurança da da ONU ao descrever a angústia do povo palestino diante do genocídio cometido por Israel contra o povo palestino.
“Dezenas de crianças estão morrendo de fome. As imagens de mães abraçando seus corpos imóveis, acariciando seus cabelos, conversando com eles, pedindo desculpas a eles, são inaceitáveis, insuportáveis”.
“Como alguém poderia tolerar essa tristeza? Eu tenho netos. Eu sei o que eles significam para suas famílias,” disse o embaixador enquanto chorava.
“Testemunhar o sofrimento dos palestinos, enquanto o mundo permanece impassível, está além do que qualquer ser humano normal pode suportar,” acrescentou entre lágrimas.
“As chamas e a fome estão devorando as crianças palestinas. É por isso que estamos tão indignados, como palestinos em todos os lugares, os 14 milhões de nós, nos territórios ocupados, na diáspora, nos campos de refugiados”.
“Nós amamos nossos filhos. Nós amamos nosso povo. Não queremos vê-los passando por essa tragédia e esses ataques selvagens”.
“Posso garantir que estamos mais enraizados na Palestina do que nas oliveiras, as romanas enraizadas na Palestina. Nós nunca iremos embora. Não vamos murchar. Estamos ficando em nossa terra natal”, prosseguiu o embaixador.
Ele pediu uma ação imediata para parar com o genocídio que tem como alvo o extermínio de crianças palestinas. Eles disse que o povo em Gaza está “privado de água, comida, remédios por tanto tempo e tantos com a vida por um fio”.
“Façam alguma coisa. Impeçam que esse crime continue contra o povo palestino, esse genocídio”.
“É ultrajante”, disse ele. “Quanto mais vocês querem?”
Ele culpou Israel pelo bloqueio de ajuda humanitária, e disse que eles criaram uma ilusão de que a ajuda estaria a caminho enquanto garantindo que a vida em Gaza seguisse insustentável.
“Se Israel quisesse ajuda, abriria as passagens e permitiria que a ajuda humanitária entrasse imediatamente e totalmente em coordenação com a ONU, incluindo a UNRWA ( a agência da ONU para refugiados da Palestina).”
“A verdadeira preocupação deles é como se livrar dos palestinos matando-os, matando-os de fome e destruindo outros, para que eles não tenham escolha a não ser sair se quiserem viver”.
Mostrando sua total indiferença para com o sofrimento do outro, o fascista que se apresenta como embaixador israelense, Danny Danon, vergonhosamente bocejou no momento em que o palestino começou a chorar. O embaixador autor desse gesto de estupidez foi o mesmo que o Brasil se negou a aceitar por ser ele à época o líder dos colonos assaltantes de terras palestinas na Cisjordânia, diante da negativa brasileira, Netanyahu o indicou para representar Israel na ONU.