Embraer entrega o oitavo cargueiro KC-390 à Força Aérea Brasileira

Foto: Embraer/Divulgação

Fabricado em Gavião Peixoto (SP), o KC-390, será sediado no Esquadrão Gordo, na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro

A Embraer, fabricante nacional de aviões, celebrou na quinta-feira (02) a entrega de mais um cargueiro KC-390 Millennium à Força Aérea Brasileira (FAB), marcando a chegada do oitavo avião encomendado pela Força Aérea Brasileira à fabricante nacional para compor a sua frota de aeronaves, informa o jornalista Carlos Martins, em reportagem no site de notícias “Aeroin”.

Fabricado em Gavião Peixoto (SP), o KC-390, de matrícula FAB2860, será sediado no Esquadrão Gordo, na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. A reportagem informa que a aeronave reforça a capacidade da FAB como vetor tático e estratégico, desempenhando funções diversas como apoio logístico e transporte de carga, evacuação aeromédica, missões humanitárias e combate a incêndios.

O contrato original da FAB é de compra de 28 aviões fabricados pela Embraer. Desde 2022 a FAB tem recebido um KC-390 por ano. Dificuldades orçamentárias do ministério da Defesa atrasaram as entregas. Em 2026 e em 2034 a Força Aérea receberá duas aeronaves em um único ano.

O KC-390 Millennium, com capacidade para transporte de tropas e cargas de grande volume, representa um dos principais investimentos da FAB na modernização de sua frota de transporte militar, consolidando a posição da Embraer como referência em aviões militares de médio porte. O Brasil tem exportado o KC para diversos países europeus.

Recentemente o ministro da Defesa, José Múcio, esteve no Senado Federal batalhando pelo projeto de Emenda Constitucional (PEC 55) que busca vincular o orçamento do setor de Defesa Nacional ao Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Múcio defendeu o fortalecimento da indústria de defesa brasileira, que reúne 270 empresas estratégicas e gera 3 milhões de empregos. Ele citou recordes de exportações, que já superaram R$ 2,5 bilhões em 2025, e marcos como o lançamento de fragatas, submarinos e a ampliação do transporte aéreo, com os cargueiros KC-390 e caças Gripen. “A base industrial de defesa é responsável por 3,6% do PIB nacional e é capaz de produzir desde submarinos e blindados até aeronaves tecnológicas e radares. Mesmo com orçamento restrito, temos avanços tangíveis que precisam de continuidade”, ressaltou.

O debate girou em torno de medidas que ampliem a previsibilidade orçamentária da área, entre elas a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2023, que fixa o orçamento do setor de Defesa ao PIB. Este projeto é apoiado há algum tempo pelas Três Forças. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou que é necessária a criação de uma fonte específica para financiar os investimentos, sem reduzir outras áreas essenciais. “As Forças Armadas não podem ser tratadas como uma subclasse. O orçamento investido nessa área é ínfimo, e a PEC 55 busca corrigir isso”, disse.

Atualmente o orçamento da Defesa brasileira está em torno de 1% do PIB, um dos menores na América do Sul. O ministro argumentou fortemente junto aos parlamentares que o orçamento da Defesa deve ser mais regular e estável para que os projetos estratégicos não sejam interrompidos. O projeto de emenda à Constituição prevê a elevação do orçamento para 2% do PIB.

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