
Contrato com a Revo representa a transição da Eve, subsidiária da Embraer, do desenvolvimento para a execução, consolidando sua posição como líder global em soluções para mobilidade aérea urbana (UAM) de nova geração
A Eve, empresa subsidiária da Embraer para desenvolvimento dos chamados “carros voadores”, anunciou, no último domingo (15), que fechou contrato de venda de 50 eVTOLs (aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical) para a Revo, empresa brasileira operadora de mobilidade urbana aérea.
De acordo com a Eve, o contrato representa uma nova etapa no desenvolvimento da tecnologia dos carros voadores, consolidando a empresa brasileira como “líder global no mercado de mobilidade aérea urbana da próxima geração”.
“Este acordo é um passo fundamental para a Eve, demonstrando a crescente confiança em nossa tecnologia e modelo operacional”, afirmou, em nota, Johann Bordais, CEO da Eve Air Mobility. O acordo pela aquisição dos veículos com a Revo foi fechado em R$ 1,39 bilhão.
“Ao passarmos do conceito para a implementação, não estamos apenas avançando em nosso plano comercial, mas também ajudando a moldar um ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana, estabelecendo um padrão global para a implantação de eVTOLs”, complementa o representante.
De tecnologia desenvolvida pela Embraer, os primeiros eVTOLs serão entregues até o final de 2027, afirmou a Eve. Há aproximadamente 3 mil unidades já encomendadas.
Os protótipos dos carros voadores estão em fase de teste na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP) e a companhia afirma que os primeiros testes de vôo dos veículos serão realizados ainda em 2025. O projeto se diferencia de helicópteros por serem veículos aéreos 100% elétricos e desenvolvidos para o trânsito de passageiros a curtas distâncias – na mesma cidade, ou cidades próximas, por exemplo – além do pouso e decolagem verticais.
O projeto do carro voador, inclusive a cabine desenhada para até 4 passageiros, foi apresentado pela primeira vez em São Paulo no início de junho.
A Revo, compradora dos 50 veículos, é uma operadora brasileira controlada pela Omni Helicopters International, que já opera o transporte de passageiros por helicópteros em São Paulo para trânsito entre os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, por exemplo.
Um estudo com projeções sobre mobilidade aérea urbana no mundo, também publicado pela Eve no domingo, afirma que a frota de eVTOLs em operação no mundo deve chegar a 30 mil até 2045. Ainda segundo as estimativas, 3 bilhões de passageiros poderão ser atendidos ao ano.