Ex-ministro de Bolsonaro, que serve de porta-voz informal e é advogado do ex-presidente extremista, tem contratos de assessoria com a legenda. Conta de onde saem pagamentos recebe recursos do fundo partidário
Quanto mais se vasculha a “gestão” e a vida pregressa e atual do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mais coisas erradas, ou pelo menos suspeitas, aparecem.
Agora, envolve a empresa FW Comunicação, de Fábio Wajngarten, o ex-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) no governo de Jair Bolsonaro (PL).
Wajngarten é um dos bolsonaristas mais próximos e atuantes nas redes digitais em defesa do ex-presidente derrotado, que também serve atualmente como espécie de porta-voz informal de bolsonaro.
A empresa de Wajngarten já recebeu R$ 563 mil da legenda do ex-mandatário, o PL (Partido Liberal), em contratos de serviço de comunicação.
O ex-Secom é também advogado do ex-chefe do Executivo. E o pai dele, Maurício Wajngarten, é médico de Bolsonaro.
Os valores constam em documento de prestação de contas que o PL enviou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e dizem respeito a este ano, tendo sido pagos nos meses de maio, junho e julho.
CONTA ABASTECIDA PELO PL
O dinheiro para esses pagamentos saiu de conta mantida pela sigla que recebe os recursos provenientes do fundo partidário. Ou seja, dinheiro público que é repassado aos partidos políticos que cumprem os requisitos mínimos fixados em cláusula de desempenho prevista em lei que versa sobre o tema.
Assim, quanto mais deputados e senadores a sigla partidária elege, mais recursos do fundo partidário o partido tem acesso.
A mesma conta do PL que recebe esses recursos públicos é a responsável, ainda, por pagar os “salários” de Jair Bolsonaro, da mulher dele, Michelle, e do general Walter Braga Netto, que ocupou ministérios no governo passado e foi candidato a vice-presidente na chapa derrotada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.
Ao jornal Folha de S.Paulo, Wajngarten limitou-se a encaminhar nota já divulgada anteriormente pelo PL, na qual diz que presta serviços de assessoria de imprensa para o presidente de honra da legenda, Jair Bolsonaro.
Nas justificativas do bolsonarista, ele fala que os valores demonstrados nos contratos com a sigla partidária são pelo fato de “contar com equipe que faz o monitoramento das mídias, análise dos materiais publicados, além do trabalho de assessoramento de imprensa, que inclui atendimento permanente aos jornalistas dos veículos de comunicação”.
Isso está errado dinheiro público é do povo tem que ser investigado e se ficar comprovado ser punido e fim de papo.