O Sindicato de Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) fez um pedido de reajuste de R$ 0,50 na tarifa do ônibus de Porto Alegre. Com isso, a passagem iria de R$ 4,70, como é atualmente, para R$ 5,20.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) ainda não divulgou a data para o reajuste que ainda precisa ser discutido no Conselho Municipal de Trânsito, antes de ser sancionado pela prefeitura de Porto Alegre.
Para basear a proposta, os empresários citam a queda no número de passageiros pagantes no sistema de transporte público da Capital. Segundo eles, houve uma redução de 4,11% no número de passageiros.
A União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Porto Alegre (Umespa) emitiu uma nota em que condena o reajuste. “Mesmo a Prefeitura retirando vários direitos da população, como a gratuidade na segunda passagem do trabalhador, a gratuidade para os idosos entre 60 e 64 anos e aumentando o tempo útil da frota, a passagem continua a subir muita acima da inflação (4,31% em 2019) e do aumento do salário dos rodoviários (4,48%)”, denuncia a presidente da entidade, Vitória Cabreira.
Em um vídeo denunciando o aumento abusivo da tarifa, Vitória destaca que Porto Alegre possui uma das tarifas mais caras do país. “A gente sabe que R$ 4,70 já é um valor absurdo na tarifa, mas agora eles querem que a gente pague R$ 5,20 na tarifa. Os empresários que nunca entraram em um ônibus, o prefeito que nunca entrou no transporte público da cidade, quer fazer com que o povo de Porto Alegre pague a conta. Não podemos aceitar, R$ 5,00 já é um valor absurdo, R$ 5,20 é mais absurdo ainda”.
“Precisamos denunciar porque somos nós que estamos no transporte público todos os dias, sabemos que é um transporte ruim, que quebra no meio do caminho, não tem ar condicionado e que ficamos horas esperando. Nelson Marchezan já atacou o direito dos idosos, quer retirar os cobradores dentro do transporte público e quer retirar o meio passe do estudante, ou seja é um prefeito que não governa pra cidade, que não governa para o povo, ele governa para empresários”, destacou.
“Agora é o momento de irmos pra rua, ir pra luta e denunciar. O povo de Porto Alegre não vai aceitar R$ 5,20 na tarifa”, convocou a presidente da Umespa.